A origem do Dízimo e seu propósito
O dízimo, por mais que seja um tema comum e uma verdade bíblica, ainda existe um debate acerca de seu uso e da forma como é solicitado pelas diversas igrejas, já foi alvo de esquecimento e, ainda hoje, é objeto de distorções quanto à sua validade, finalidade e aplicação.
Não podemos esquecer que: Deus não tem mudado; o dízimo ainda deve ser usado para o sustento do ministério.
Lamentavelmente, como todas as doutrinas da Escritura, o dízimo também está sendo atacado, mesmo no seio da igreja, sendo tais ataques ajuntados a uma resistência à igreja devido a eventuais erros que possam estar sendo cometidos em seu seio ou mesmo por injustificada suspeita de as coisas não estarem sendo bem dirigidas. Questionam-se os motivos dos que pedem para a obra e muitas vezes alimentam-se sentimentos de que se está sendo enganado ou defraudado, como resultado perde-se a noção de uma sagrada reserva, e é prejudicado o avanço da obra que deve ir até os confins da Terra.
Vale a pena lembrar que muitos pastores deixam de educar o povo a cumprir com todo o seu dever. Pregam parte de nossa fé que não cria oposição ou desagrada aos ouvintes, mas não declaram toda a verdade. O povo gosta da pregação, mas há falta de espiritualidade. Seu povo não dá em dízimos e ofertas o que pertence a Deus, e o pastor que ali trabalha, não lhes mostra a vontade de Deus claramente revelada, e por negligenciar seu dever, traz declínio à igreja.
O Antigo Testamento faz referência ao dízimo 35 vezes e o Novo Testamento 10 vezes. A Teologia do Dízimo nas Escrituras
O dízimo, por mais que seja um tema comum e uma verdade bíblica, ainda existe um debate acerca de seu uso e da forma como é solicitado pelas diversas igrejas, já foi alvo de esquecimento e, ainda hoje, é objeto de distorções quanto à sua validade, finalidade e aplicação.
Não podemos esquecer que: Deus não tem mudado; o dízimo ainda deve ser usado para o sustento do ministério.
Lamentavelmente, como todas as doutrinas da Escritura, o dízimo também está sendo atacado, mesmo no seio da igreja, sendo tais ataques ajuntados a uma resistência à igreja devido a eventuais erros que possam estar sendo cometidos em seu seio ou mesmo por injustificada suspeita de as coisas não estarem sendo bem dirigidas. Questionam-se os motivos dos que pedem para a obra e muitas vezes alimentam-se sentimentos de que se está sendo enganado ou defraudado, como resultado perde-se a noção de uma sagrada reserva, e é prejudicado o avanço da obra que deve ir até os confins da Terra.
Vale a pena lembrar que muitos pastores deixam de educar o povo a cumprir com todo o seu dever. Pregam parte de nossa fé que não cria oposição ou desagrada aos ouvintes, mas não declaram toda a verdade. O povo gosta da pregação, mas há falta de espiritualidade. Seu povo não dá em dízimos e ofertas o que pertence a Deus, e o pastor que ali trabalha, não lhes mostra a vontade de Deus claramente revelada, e por negligenciar seu dever, traz declínio à igreja.
O Antigo Testamento faz referência ao dízimo 35 vezes e o Novo Testamento 10 vezes. A Teologia do Dízimo nas Escrituras
Reconhecendo
a autoridade do dízimo em relação a lei mosaica (Gn 14:20; 28:22; Hb 7:5-10),
pode ser entendido que o sistema é não dependente do sacerdócio levítico,
reconhecido e praticado mesmo por Abraão, o maior dos patriarcas, o pai da fé.
Aliás, fé é o elemento chave, para a fidelidade a Deus, especialmente neste
assunto. Pois proclama o princípio de que Deus é o verdadeiro dono de tudo. A
fidelidade requer confiança total na promessa de Deus (Ml 3:10-13).
Foi somente após a saída dos israelitas do Egito que o dízimo foi regulamentado para o sistema levítico. Ele era dado ao levita, devido a não ter “herança na terra”, isto é, ele vivia exclusivamente para o serviço religioso e isso lhe dava direito a todos os dízimos (Lv 27:30-34).
O Dízimo no Antigo Testamento
Foi somente após a saída dos israelitas do Egito que o dízimo foi regulamentado para o sistema levítico. Ele era dado ao levita, devido a não ter “herança na terra”, isto é, ele vivia exclusivamente para o serviço religioso e isso lhe dava direito a todos os dízimos (Lv 27:30-34).
O Dízimo no Antigo Testamento
1) Para os
sacerdotes (levitas da família de Arão), conforme Números 18:9-26 e Levítico
5:15-7:35.
2) Para os levitas (Nm 18:21-32) – Os dízimos de tudo em Israel.
3) Para os pobres destinava-se um segundo dízimo. Dt 12, 14, 26.
4) Para a construção, reforma e manutenção do Templo. 2Cr 24:1-14.
Ezequias, mentor de uma reforma espiritual, chamava todo o povo para um reavivamento, o rei Ezequias tomou medidas financeiras para restaurar à atividade o Santuário (2Cr 31:2-21). O povo contribuía com a parte devida aos sacerdotes e levitas, que eram os dízimos e as ofertas (v. 4-6 e Nm 18) e o fez com tal abundância que foi necessário preparar novos depósitos (v.11), e ali recolher fielmente as ofertas, os dízimos e as coisas consagradas (v. 12).
Havia dois grupos encarregados de administrar as entradas, em separado:
(1) Um intendente e sua equipe para os dízimos e porções dos sacerdotes nominalmente. Recebiam o pagamento apenas os que estavam oficialmente registrados como ministros de Deus (v. 17-19). Eles não recebiam os dízimos diretamente dos adoradores, mas da tesouraria centralizada que coordenava toda a distribuição das porções dos dízimos e rendas dos que, não tendo outra atividade, viviam somente para o serviço religioso da obra do Senhor (v. 14, 15 e 19). As porções eram para todos os levitas, sem discriminação.
(2) Outro intendente levita, Coré, e a sua equipe controlava as ofertas e sua distribuição aos que serviam no Templo em seus turnos (v. 14-16).
A reforma de Ezequias obedeceu às diretrizes que se encontravam nas leis e mandamentos de Deus (v.21). Não eram ideias de organização originais do rei, mas um retorno ao modelo divino abandonado durante a apostasia. Deus as aprovou e abençoou, uma vez que foram declaradas boas, retas e verdadeiras (v. 20 e 21). Os dízimos continuavam exclusivos para o sacerdócio.
A reforma posterior, do rei Josias, seguiu o mesmo padrão de Ezequias. As ofertas voluntárias e o imposto do Templo continuavam ainda a serem depositadas na caixa à porta do Santuário (2Rs 22:1-7; 2Cr 24:8-10; 31:14).
Nos tempos de Neemias, depois de recolhidos, em produtos diversos, os dízimos e as ofertas, eram levados a depósitos próprios para cada dádiva, como menciona Neemias (12:44). Esse procedimento chama a atenção, uma vez que tratava-se de uma reforma espiritual que ocorria após o retorno do cativeiro. Tal reforma foi seguida de um apelo à devolução das porções prescritas na lei e envolviam ofertas, primícias, e dízimos. Tendo determinado depósitos específicos para cada oferta, afim de não misturar entradas que tinham finalidades diferentes. Neemias também elegeu tesoureiros, centralizou a entrega dos recursos no Santuário de onde se distribuíam as porções aos levitas e sacerdotes, cada um em sua função.
Em Malaquias 3:8-10, o profeta refere-se a essa Casa do Tesouro do Templo, com a sua administração e organização, na qual os dízimos não eram misturados com as ofertas e coisas consagradas, mas tinham seu controle por um corpo de levitas nomeado especialmente para receber e dar as porções aos sacerdotes. A ênfase de Malaquias é a falta de bênçãos em virtude de não devolverem os dízimos fielmente, pois deveriam trazê-lo a Jerusalém sob a supervisão dos sacerdotes e manter a porção dos levitas em suas cidades para que os tesoureiros, também levitas, fizessem a distribuição conforme fosse necessário.
O dízimo era a décima parte das rendas do adorador, que era consagrada ao ministério, não podendo ser utilizada para nenhuma outra finalidade ou serviço, mesmo do Santuário. Além do mais, é dito pertencer a Deus e por isso deve ser devolvida (Lv 27; Ml 3:8-10). Por outro lado, quanto às ofertas, elas pertencem ao homem (Dt 16:10), o critério de quanto dar é do homem (Dt 16:17), podem ser usadas para várias finalidades (Êx 30:12, 13; 2Cr 31:14; 24:6, 9; Ne 10:32), por isso damos. Foi a liberalidade e obediência dos israelitas ao princípio desses usos adequados nas diversas ofertas que possibilitou toda a construção, manutenção e reformas do Templo em várias épocas sem lançar mãos do dízimo, conforme Deus prescrevera.
2) Para os levitas (Nm 18:21-32) – Os dízimos de tudo em Israel.
3) Para os pobres destinava-se um segundo dízimo. Dt 12, 14, 26.
4) Para a construção, reforma e manutenção do Templo. 2Cr 24:1-14.
Ezequias, mentor de uma reforma espiritual, chamava todo o povo para um reavivamento, o rei Ezequias tomou medidas financeiras para restaurar à atividade o Santuário (2Cr 31:2-21). O povo contribuía com a parte devida aos sacerdotes e levitas, que eram os dízimos e as ofertas (v. 4-6 e Nm 18) e o fez com tal abundância que foi necessário preparar novos depósitos (v.11), e ali recolher fielmente as ofertas, os dízimos e as coisas consagradas (v. 12).
Havia dois grupos encarregados de administrar as entradas, em separado:
(1) Um intendente e sua equipe para os dízimos e porções dos sacerdotes nominalmente. Recebiam o pagamento apenas os que estavam oficialmente registrados como ministros de Deus (v. 17-19). Eles não recebiam os dízimos diretamente dos adoradores, mas da tesouraria centralizada que coordenava toda a distribuição das porções dos dízimos e rendas dos que, não tendo outra atividade, viviam somente para o serviço religioso da obra do Senhor (v. 14, 15 e 19). As porções eram para todos os levitas, sem discriminação.
(2) Outro intendente levita, Coré, e a sua equipe controlava as ofertas e sua distribuição aos que serviam no Templo em seus turnos (v. 14-16).
A reforma de Ezequias obedeceu às diretrizes que se encontravam nas leis e mandamentos de Deus (v.21). Não eram ideias de organização originais do rei, mas um retorno ao modelo divino abandonado durante a apostasia. Deus as aprovou e abençoou, uma vez que foram declaradas boas, retas e verdadeiras (v. 20 e 21). Os dízimos continuavam exclusivos para o sacerdócio.
A reforma posterior, do rei Josias, seguiu o mesmo padrão de Ezequias. As ofertas voluntárias e o imposto do Templo continuavam ainda a serem depositadas na caixa à porta do Santuário (2Rs 22:1-7; 2Cr 24:8-10; 31:14).
Nos tempos de Neemias, depois de recolhidos, em produtos diversos, os dízimos e as ofertas, eram levados a depósitos próprios para cada dádiva, como menciona Neemias (12:44). Esse procedimento chama a atenção, uma vez que tratava-se de uma reforma espiritual que ocorria após o retorno do cativeiro. Tal reforma foi seguida de um apelo à devolução das porções prescritas na lei e envolviam ofertas, primícias, e dízimos. Tendo determinado depósitos específicos para cada oferta, afim de não misturar entradas que tinham finalidades diferentes. Neemias também elegeu tesoureiros, centralizou a entrega dos recursos no Santuário de onde se distribuíam as porções aos levitas e sacerdotes, cada um em sua função.
Em Malaquias 3:8-10, o profeta refere-se a essa Casa do Tesouro do Templo, com a sua administração e organização, na qual os dízimos não eram misturados com as ofertas e coisas consagradas, mas tinham seu controle por um corpo de levitas nomeado especialmente para receber e dar as porções aos sacerdotes. A ênfase de Malaquias é a falta de bênçãos em virtude de não devolverem os dízimos fielmente, pois deveriam trazê-lo a Jerusalém sob a supervisão dos sacerdotes e manter a porção dos levitas em suas cidades para que os tesoureiros, também levitas, fizessem a distribuição conforme fosse necessário.
O dízimo era a décima parte das rendas do adorador, que era consagrada ao ministério, não podendo ser utilizada para nenhuma outra finalidade ou serviço, mesmo do Santuário. Além do mais, é dito pertencer a Deus e por isso deve ser devolvida (Lv 27; Ml 3:8-10). Por outro lado, quanto às ofertas, elas pertencem ao homem (Dt 16:10), o critério de quanto dar é do homem (Dt 16:17), podem ser usadas para várias finalidades (Êx 30:12, 13; 2Cr 31:14; 24:6, 9; Ne 10:32), por isso damos. Foi a liberalidade e obediência dos israelitas ao princípio desses usos adequados nas diversas ofertas que possibilitou toda a construção, manutenção e reformas do Templo em várias épocas sem lançar mãos do dízimo, conforme Deus prescrevera.
O Dízimo no Novo Testamento
A palavra
dízimo não é usada de forma direta nas instruções à igreja sobre o assunto, no
entanto, isso não invalida a doutrina, até porque, o Novo Testamento não se
destinava a ser o instrumento único para estabelecer as doutrinas válidas da
igreja. Uma doutrina escrita no Velho Testamento não precisa ser repetida no Novo
Testamento para ser validada. Aliás, o Antigo Testamento eram as Escrituras
usadas pelos apóstolos e na qual respaldavam seus ensinos. Encontramos, porém,
no Novo Testamento, o ensino do dízimo abordado de outra forma, nos argumentos
em favor de uma visão mais exaltada do ministério cristão e seu direito à justa
remuneração. Como o dízimo subsistia, anteriormente, sem a lei levítica, como
já foi visto, persevera após ela.
Em Hebreus 7, o autor chama a atenção de que Abraão havia dado os dízimos para um sacerdócio superior, instituído por Deus. Mequizedeque é representante do sacerdócio de Cristo, superior ao de Aarão e Levi. Aqui, mais uma vez, o dízimo é mencionado em sua anterioridade ao sistema levítico e é declarada a sua natureza sagrada e exclusiva para o ministério, servindo inclusive, para identificar a importância do ministério não levítico de Mequizedeque, pois que esse recebeu dízimos do próprio Abraão. Os dízimos dados a Mequizedeque, apontam para o princípio da manutenção sacerdotal que passa por Moisés, chega ao N.T. e permanece até os dias atuais. O ministério é uma extensão na Terra, daquele que está sendo desenvolvido pelo Salvador no Santuário do Céu. Não é o ministério da igreja, por meio dos que “vivem do evangelho”, uma extensão do ministério salvador de Cristo?
O fariseu, estrito cumpridor da Lei, não esquecia de devolver seu dízimo fiel, mesmo que fosse “do endro e do cominho” (Lc 18:12). Embora sua negligência da justiça, misericórdia e fé merecesse a reprovação de Jesus; o Salvador não deixou de reiterar o princípio da fidelidade nos dízimos: “fazei estas coisas sem omitir aquelas”. Ou seja, “não use o dízimo para negligenciar a misericórdia, não use a misericórdia para negligenciar o dízimo” (Lc 11:42; Mt 23:23). Uma advertência do Salvador contra a hipocrisia religiosa.
Interessante notar que, os fariseus acusavam Jesus de muitas coisas, porém jamais de não ser dizimista ou pregar contra esse sistema. Esse aspecto se torna mais relevante quando é lembrado que Jesus condenava a avareza dos fariseus (Mt 23:14, 16, 17; Lc 16:14), descritos no N.T. como uma elite cultural e religiosa da época (Mt 23:2). Além disso, suas disputas pelos cargos sacerdotais e as corrupções decorrentes não foram suficientes para impedir de Jesus de fazer o apelo pela lealdade do dízimo: “fazei estas coisas”.
A defesa de Paulo para a remuneração dos ministros do evangelho, tem sua base argumentativa nos textos do A.T. que se referem às entradas que mantinham os sacerdotes (1Co 9:6-14). Segundo ele:
1) Havia apóstolos que não trabalhavam secularmente (v. 6).
2) Pagar ministros era uma prescrição da lei (v. 8 e 9), e esta o fazia pelo sistema de dízimos (Nm 18).
3) O verso 13, diga-se, é uma referência direta do dízimo. Pois baseia seu apelo para o pagamento de ministros da igreja no direito dos sacerdotes e levitas que tinham seu sustento garantido pelo dízimo, a principal de suas entradas. (Nm 18:20-26)
4) Essa parte, devida aos sacerdotes, é um direito do qual já estavam fazendo uso (v. 10 e 12).
5) O mesmo sistema deve ser usado para os ministros do evangelho (v. 14).
6) Um direito do qual Paulo abriu mão, entre os coríntios, mas por causa da contestação do seu apostolado (1 Co 9:12,15; 2Co 11:5-7) e para não dar ocasião aos falsos apóstolos (2Co 11:8 a 13), no entanto usou desse direito aceitando salário de outras igrejas (2Co 11:8).
7) Esse é um direito tão natural, segundo o apóstolo, como de alguém que planta uma vinha (1Co 9:7; Dt 20:6) e dela cuida (Pv 27:18).
Além disso, pagar os pastores é justo, especialmente aos que servem na pregação e no ensino (1Tm 5:17-18). Deve ser feito de tal maneira que não desperte ganância (1Pe 5:2). Afinal, o objetivo é que o pastor, pago pela igreja, não se embarace com as coisas desta vida e assim, sirva bem à causa de Deus (2Tm 2:4).
Mesmo antes de Moisés, o sistema de manutenção dos ministros de Deus era basicamente pelo dízimo; assim foi durante a teocracia em Israel para a manutenção dos levitas e sacerdotes do Templo; foi sancionado por Jesus; a manutenção dos ministros do evangelho foi defendida por Paulo usando a linguagem e as ideias do sacerdócio levítico do AT; e, uma vez que a Bíblia não apresenta nenhum outro sistema, parece lógico concluir que esse é o plano que deve ser usado hoje em dia na igreja. Qualquer outro sistema assume a condição de uma criação meramente humana tentando substituir o plano de Deus.
Conclusão
Em Hebreus 7, o autor chama a atenção de que Abraão havia dado os dízimos para um sacerdócio superior, instituído por Deus. Mequizedeque é representante do sacerdócio de Cristo, superior ao de Aarão e Levi. Aqui, mais uma vez, o dízimo é mencionado em sua anterioridade ao sistema levítico e é declarada a sua natureza sagrada e exclusiva para o ministério, servindo inclusive, para identificar a importância do ministério não levítico de Mequizedeque, pois que esse recebeu dízimos do próprio Abraão. Os dízimos dados a Mequizedeque, apontam para o princípio da manutenção sacerdotal que passa por Moisés, chega ao N.T. e permanece até os dias atuais. O ministério é uma extensão na Terra, daquele que está sendo desenvolvido pelo Salvador no Santuário do Céu. Não é o ministério da igreja, por meio dos que “vivem do evangelho”, uma extensão do ministério salvador de Cristo?
O fariseu, estrito cumpridor da Lei, não esquecia de devolver seu dízimo fiel, mesmo que fosse “do endro e do cominho” (Lc 18:12). Embora sua negligência da justiça, misericórdia e fé merecesse a reprovação de Jesus; o Salvador não deixou de reiterar o princípio da fidelidade nos dízimos: “fazei estas coisas sem omitir aquelas”. Ou seja, “não use o dízimo para negligenciar a misericórdia, não use a misericórdia para negligenciar o dízimo” (Lc 11:42; Mt 23:23). Uma advertência do Salvador contra a hipocrisia religiosa.
Interessante notar que, os fariseus acusavam Jesus de muitas coisas, porém jamais de não ser dizimista ou pregar contra esse sistema. Esse aspecto se torna mais relevante quando é lembrado que Jesus condenava a avareza dos fariseus (Mt 23:14, 16, 17; Lc 16:14), descritos no N.T. como uma elite cultural e religiosa da época (Mt 23:2). Além disso, suas disputas pelos cargos sacerdotais e as corrupções decorrentes não foram suficientes para impedir de Jesus de fazer o apelo pela lealdade do dízimo: “fazei estas coisas”.
A defesa de Paulo para a remuneração dos ministros do evangelho, tem sua base argumentativa nos textos do A.T. que se referem às entradas que mantinham os sacerdotes (1Co 9:6-14). Segundo ele:
1) Havia apóstolos que não trabalhavam secularmente (v. 6).
2) Pagar ministros era uma prescrição da lei (v. 8 e 9), e esta o fazia pelo sistema de dízimos (Nm 18).
3) O verso 13, diga-se, é uma referência direta do dízimo. Pois baseia seu apelo para o pagamento de ministros da igreja no direito dos sacerdotes e levitas que tinham seu sustento garantido pelo dízimo, a principal de suas entradas. (Nm 18:20-26)
4) Essa parte, devida aos sacerdotes, é um direito do qual já estavam fazendo uso (v. 10 e 12).
5) O mesmo sistema deve ser usado para os ministros do evangelho (v. 14).
6) Um direito do qual Paulo abriu mão, entre os coríntios, mas por causa da contestação do seu apostolado (1 Co 9:12,15; 2Co 11:5-7) e para não dar ocasião aos falsos apóstolos (2Co 11:8 a 13), no entanto usou desse direito aceitando salário de outras igrejas (2Co 11:8).
7) Esse é um direito tão natural, segundo o apóstolo, como de alguém que planta uma vinha (1Co 9:7; Dt 20:6) e dela cuida (Pv 27:18).
Além disso, pagar os pastores é justo, especialmente aos que servem na pregação e no ensino (1Tm 5:17-18). Deve ser feito de tal maneira que não desperte ganância (1Pe 5:2). Afinal, o objetivo é que o pastor, pago pela igreja, não se embarace com as coisas desta vida e assim, sirva bem à causa de Deus (2Tm 2:4).
Mesmo antes de Moisés, o sistema de manutenção dos ministros de Deus era basicamente pelo dízimo; assim foi durante a teocracia em Israel para a manutenção dos levitas e sacerdotes do Templo; foi sancionado por Jesus; a manutenção dos ministros do evangelho foi defendida por Paulo usando a linguagem e as ideias do sacerdócio levítico do AT; e, uma vez que a Bíblia não apresenta nenhum outro sistema, parece lógico concluir que esse é o plano que deve ser usado hoje em dia na igreja. Qualquer outro sistema assume a condição de uma criação meramente humana tentando substituir o plano de Deus.
Conclusão
A dedicação
exclusiva para o Templo era indispensável e precisaria ser mantida com um
sistema consistente, e esse sistema é o de um dízimo exclusivo para os levitas
e sacerdotes, daí a necessidade de um constante reavivamento nessa área. A
condição financeira dos levitas seria, nesse sistema, a média da situação de
todas as demais tribos, sem implicar necessariamente, em enriquecimento.
Conclui-se, portanto, que na Bíblia aparece os dízimos. Um destinado, anteriormente, aos levitas e sacerdotes e, hoje, ao pagamento de ministros do evangelho. O que é destinado à adoração em família e atendimento aos necessitados, apresenta-se como um referencial, as ofertas que, segundo Paulo, devem ser dadas “não com tristeza nem por necessidade” mas com “alegria” (2Co 9:6 a 12), lembrando a alegria que, segundo Deuteronômio deveria acompanhar a sua entrega (Dt 12:6, 7, 12, 18; 14:26; 26:14), a qual, enfatiza, não deveria ser feita com “tristeza” (Dt 26:14).
Um reavivamento e retorno ao modelo bíblico de liberalidade e administração fiel do fundo sagrado, seja por parte de nossas instituições ou individualmente, mediante a instrução pastoral, ainda se faz necessário em nossos dias como o foi, algumas vezes, no passado.
Num mundo onde a corrida pelo dinheiro tomou o lugar do amor a Deus e à sua obra no coração de muitos cristãos, certamente, esse exemplo, dos fiéis israelitas às determinações divinas, é uma lição de liberalidade, nos dízimos e nas ofertas, digna de ser imitada hoje pelos verdadeiros adoradores, que amam mais a Deus do que a Mamom, e querem preparar o mundo para a breve volta do Senhor Jesus. O cristão genuíno é conhecido pelo amor, pela fé, pela obediência e pela submissão ao Todo-poderoso. É impossível desassociar o dízimo e as ofertas de certas virtudes fundamentais da vida cristã. Logo, dar o dízimo atesta se o cristão crê em Deus e na Sua Palavra, se reconhece que Ele é o Provedor, se lhe é grato e se deseja contribuir para o evangelismo e o estabelecimento efetivo do Reino de Deus em cada coração.
Conclui-se, portanto, que na Bíblia aparece os dízimos. Um destinado, anteriormente, aos levitas e sacerdotes e, hoje, ao pagamento de ministros do evangelho. O que é destinado à adoração em família e atendimento aos necessitados, apresenta-se como um referencial, as ofertas que, segundo Paulo, devem ser dadas “não com tristeza nem por necessidade” mas com “alegria” (2Co 9:6 a 12), lembrando a alegria que, segundo Deuteronômio deveria acompanhar a sua entrega (Dt 12:6, 7, 12, 18; 14:26; 26:14), a qual, enfatiza, não deveria ser feita com “tristeza” (Dt 26:14).
Um reavivamento e retorno ao modelo bíblico de liberalidade e administração fiel do fundo sagrado, seja por parte de nossas instituições ou individualmente, mediante a instrução pastoral, ainda se faz necessário em nossos dias como o foi, algumas vezes, no passado.
Num mundo onde a corrida pelo dinheiro tomou o lugar do amor a Deus e à sua obra no coração de muitos cristãos, certamente, esse exemplo, dos fiéis israelitas às determinações divinas, é uma lição de liberalidade, nos dízimos e nas ofertas, digna de ser imitada hoje pelos verdadeiros adoradores, que amam mais a Deus do que a Mamom, e querem preparar o mundo para a breve volta do Senhor Jesus. O cristão genuíno é conhecido pelo amor, pela fé, pela obediência e pela submissão ao Todo-poderoso. É impossível desassociar o dízimo e as ofertas de certas virtudes fundamentais da vida cristã. Logo, dar o dízimo atesta se o cristão crê em Deus e na Sua Palavra, se reconhece que Ele é o Provedor, se lhe é grato e se deseja contribuir para o evangelismo e o estabelecimento efetivo do Reino de Deus em cada coração.
A
despeito disso, existem muitos cristãos que não percebem que dar o dízimo é um
privilégio. Eles não conseguem entregar nem 10% do seu salário à causa do
evangelho. Esse apego ao dinheiro demonstra um materialismo exacerbado e até
avareza, um pecado de idolatria (Colossenses 3.5). E foi para evitar isso que o
Senhor instituiu o dízimo.
Quando
devolvemos a Deus os 10% que Ele requer para que haja mantimento em Sua casa,
estamos dizendo que Ele é o Senhor da nossa vida, que reconhecemos que tudo que
somos e temos vem dele e pertence a Ele; somos apenas os mordomos.
O
cristão que entrega o dízimo demonstra ter visão espiritual, fé nas promessas
de Deus, compromisso com a igreja, com sua liderança e com a causa do
evangelho, e será ricamente abençoado pelo Senhor.
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