Adoração
e Louvor (como criar ou desenvolver um Ministério)!
1 - A PRÁTICA DO LOUVOR
2 - A PRÁTICA DA ADORAÇÃO
3 - COMO SER PRÓSPERO
4 - A DINÂMICA DO LOUVOR
5 - O LOUVOR DIRIGE NOSSO
CORAÇÃO A DEUS
6 - O LOUVOR LIVRA O NOSSO
CORAÇÃO DE CUIDADOS, TEMORES E PENSAMENTOS ENTRADOS NA TERRA
7 - O LOUVOR PRODUZ E AUMENTA A
FÉ
8 - O LOUVOR INVOCA A PRESENÇA,
O PODER E AS FORÇAS DE DEUS
9 - O LOUVOR CONFUNDE,
RESTRINGE, ATERRORIZA E DESTRÓI SATANÁS
10 - MÚSICA NO LOUVOR E
ADORAÇÃO
11 - SATANÁS E A MÚSICA
12 - A MÚSICA PODE INSPIRAR A
ADORAÇÃO À DEUS
13 - A MÚSICA E OS CÂNTICOS NO
NOVO TESTAMENTO
14 - O CULTO A DEUS: AUXÍLIO AO
DIRIGENTE
15 - O DIRIGENTE DO CULTO
16 - OS MÚSICOS E O DIRIGENTE
DO CULTO
17 - CONVITE À ADORAÇÃO
18 - COMO MINISTRAR UM LOUVOR
CONGREGACIONAL
19 - OS CÂNTICOS CERTOS NAS
OCASIÕES CERTAS
20 - A COMUNICAÇÃO IDEAL
21 - POSTURA
22 - ESPONTANEDADE
23 - LIDERANÇA
24 - FORMANDO UMA EQUIPE
25 - COMO COMPOR CÂNTICOS AO
SENHOR
26 - DIRETRIZES
27 - ESTILO MUSICAL DE LOUVOR
28 - A IMPORTÂNCIA DA TÉCNICA
PARA O LEVITA
1. O Que É Técnica?
2. Para Que Serve?
3. Como Ter Acesso?
4. Em Que Ela Contribui Na
Nossa Vida?
29 - QUALIDADE TÉNICA DO LOUVOR
É IMPORTANTE
30 - A TÉCNICA NOS LEVA A
SERMOS MESTRES
31 – LOUVORES IMPRÓPRIOS NA IGREJA
32 - LIÇÕES QUE TIRAMOS DO USO QUE A BÍBLIA FAZ DAS PALAVRAS LOUVOR E
ADORAÇÃO
1 - A PRÁTICA DO
LOUVOR
1 - A PRÁTICA DO
LOUVOR
Que valor tem a
prática do Louvor, (que não é “cantar na igreja”) para você, pessoalmente? O
que ela faz? Como se desenvolve essa prática? É isso que desejamos mostrar-lhe
neste ensinamento. Vamos ler Salmo 146:1-10:
“Aleluia! Louva, ó
minha alma, ao Senhor. Louvarei ao Senhor durante a minha vida; cantarei
louvores ao meu Deus, enquanto eu viver. Não confieis em príncipes nem
nos filhos dos homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito e eles
tornam ao pó; nesse mesmo dia perecem todos os seus desígnios. Bem-aventurado
aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança
está no Senhor seu Deus…”
Você já parou para
pensar por que Deus sempre se fez lembrar como sendo o Deus de Abraão,
Isaque e Jacó (o homem torto, enganador), e não de Abraão, Isaque e
Israel (Príncipe de Deus)? Mesmo sabendo o pior está em mim, Deus me amou assim
mesmo. Que glória! Verdadeiramente, “bem-aventurado (totalmente
feliz e plenamente realizado) é aquele que tem o Deus de Jacó por seu
auxílio“, pois Ele transforma cada “Jacó” que nEle confia num “Israel”.
Deus, por Sua Palavra e na Sua graça, transforma você de pecador para santo.
Continuemos a leitura:
“…cuja esperança está
no Senhor seu Deus, que fez os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há, e
mantém para sempre a Sua fidelidade…”
O Seu Deus nunca se esquecerá de você, jamais
abandonará você; Ele manterá para sempre a Sua fidelidade a você.
“Que faz
justiça aos oprimidos, e dá pão aos que têm fome. O
Senhor liberta os encarcerados…”
Observe atentamente
que “O Senhor liberta os encarcerados“. Tenho muita pena das pessoas que
passam dias chorando (segundo a doutrina de “libertação” que está por aí), mas
ficam do mesmo jeito. Há algo errado. O nosso Deus liberta, meu irmão, e
isso se dá através da prática que vamos mostrar-lhe neste ensinamento.
“O Senhor abre os
olhos aos cegos, o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os
justos. O Senhor guarda o peregrino,
ampara o órfão e a viúva…”
Se você é viúva, saiba
que Deus é o seu marido, se você é órfão, Deus é o seu pai. Ele não
simplesmente prometeu ser, Ele é isso para você, tendo você consciência disso
ou não. Irmã viúva, Ele não prometeu ser o seu “marido”, Ele É o seu marido.
Órfão, Ele não prometeu ser o seu “pai”, Deus É o seu pai (Veja Salmo
68:5), e Ele defende você dia e noite. Um dos maiores problemas da “igreja”
é ficar olhando para o passado ou para o futuro, e esquecendo que Deus é muito
presente. Ficamos num abismo de incertezas entre o passado e o futuro sem
conhecermos o Deus do presente momento.
Preste atenção às palavras grifadas nas
citações acima e entenda que é isso que Deus faz; essas “ações” são a expressão
da fidelidade de Seu Deus a você no presente. Louvo a Deus por tudo o que Ele é
para mim, no dia de hoje.
“…porém (Ele)
transtorna o caminho dos ímpios.” (v.9)
Se você rejeitar esse Deus; se você recusar-se
a aceitar a Sua graça, saiba, nada dará certo em sua vida. E você sabe por quê?
Porque você está andando (vivendo) numa mentira que destrói.
“O Senhor reina para
sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração” (v.10).
Não importa como vão
piorando as coisas século após século, o nosso Deus “reina para
sempre” – “de geração em geração“.
O Salmo 146 é uma ótima base
para o louvor em todos os aspectos, mas há uma frase que vou ilustrar para
vocês agora: “O Senhor liberta os encarcerados“. Uma irmã me disse:
Irmão, sei que eu fui curada, mas de quando em quando voltam os sintomas e eu
fico em dúvidas. O que posso fazer? Quando isso acontece, você têm duas
alternativas: 1) Você pode atentar para os sintomas e sucumbir
à situação (ser vencido pelo diabo) ou
2) Você
pode resistir ao diabo e viver.
E como
é que você e eu resistimos? Dando louvores e graças a Deus por aquilo que Ele
já fez por nós, e também “ensinando” ao diabo a Verdade de Deus a respeito da
nossa real situação. E o que acontecerá? Satanás fugirá, pois ele não tolera a
Verdade (Veja Mateus
4:1-11 a respeito de como Jesus resistiu a Satanás).
As duas
ações para a vitória são o
louvor, agradecendo a Deus, e o
resistir a
Satanás. Quando você resiste a Satanás, ele tem de fugir, ele não tem opção.
Para
ver como o louvor funciona na prática, e como Deus “liberta os encarcerados“, observe comigo Atos 16:19-28. Sei
que todos vocês sabem desse acontecimento e como Paulo e Silas se achavam
encarcerados com pés e mãos presos ao tronco dentro do cárcere interior daquela
cidade.
O que
foi que aconteceu quando Paulo e Silas levantaram a voz em oração e
louvores a Deus? O que pode você esperar, se você, no meio de uma circunstância
esmagadora, abre a sua boca e começa a louvar e agradecer a Deus pelo que Ele
é? Quando você procede assim, aquilo que você não tem, terá, aquilo que você
necessita, você receberá. E ainda que o trecho em Atos 16 não nos diga quais
eram os louvores de Paulo e Silas, podemos saber o que disseram em razão
daquilo que aconteceu. Os dois servos de Deus foram enviados pelo Espírito para
pregar o Evangelho em toda a região da Macedônia, mas Satanás levantou-se
contra eles para os impedir. Então, achando-se presos e impedidos de cumprir a
sua missão, Paulo e Silas agradeceram e louvaram a Deus pela liberdade de
pregar o Evangelho. Como podemos saber isso? Em razão do terremoto que Deus
enviou, libertando-os completamente. É impossível você louvar a Deus por algo e
aquilo não acontecer. Sabe por quê? Porque Deus habita ou como se diz é
“entronizado” entre os louvores de Israel (Veja Salmo 22:3). Quando você louva a Deus,
Ele se faz presente na sua circunstância e tudo tem de se submeter a Ele. Na
presença do Senhor, é impossível alguém ficar preso ou oprimido e assim, todo o
cárcere foi abalado, e Paulo e Silas foram libertos. “Deus (sempre) liberta os encarcerados“.
Agora
observe Isaías
61:1-3, e consideremos a prática do louvor de outra maneira:
“O
Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar
boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração,
a proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os algemados; a
apregoar o ano aceitável do Senhor… e a pôr sobre os que em Sião estão de luto
uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria em vez de pranto,veste
de louvor em vez de espírito angustiado…”
Observe
a frase grifada acima: “veste
de louvores
vez de espírito angustiado“. Está vendo a providência de Deus para
você na hora da angústia? Ele lhe deu uma “veste de louvor”, e cabe a você
usá-la. O apóstolo Tiago fala nesse teor em relação às “várias provações” em
nossa vida. Vamos ler o que o apóstolo disse:
“Meus
irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações,
sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.
Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e
íntegros, em nada deficientes” – Tiago 1:2-4.
Deus
deseja que sejamos “perfeitos,
íntegros e em nada deficientes“, mas como é que Ele pode nos levar
a isso? Pela perseverança na Verdade. E como podemos “perseverar”? Vestindo-nos
da veste de louvor, ao invés de ficarmos sofrendo com o espírito angustiado.
Quando vem a provação, Satanás
procura pressionar você de todos os lados e você não sabe o que fazer. Aprenda
a entrar na vitória, irmão. De que maneira? Vestindo-se da veste de louvor,
como fizeram Paulo e Silas no cárcere. Meu irmão, há recurso para você em toda
circunstância. Qual é? A prática do louvor a Deus. Quando você louva a Deus, o
Todo-poderoso desce na sua circunstância, entronizando-Se nos seus louvores, e
saiba, meu irmão, não há “cárcere” que Lhe resista. Salmo 46:1 e 10 nos diz:
“Deus é o nosso
refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto não
temeremos ainda que a Terra se transtorne, e os montes se abalem no seio dos
mares… Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus…”
Sabe qual é a melhor
maneira de “aquietar-se”? Louvando e agradecendo a Deus por Sua Bondade. Sabe
como “acalmar” o seu espírito angustiado? Vestindo-se da veste de louvor. Ponha
isso em prática, meu irmão, e você terá libertações e vitórias como você jamais
imaginou serem possíveis (Veja 2 Crônicas 20:13-30). Louvar a Deus
é um ato muitíssimo simples, mas de imenso valor para você. A primeira ação de
Satanás contra você é procurar fazer com que você permaneça “na alma” (abalado
emocionalmente) de tal maneira que o seu espírito fique angustiado. Mas você
pode sempre inverter a situação, fortalecendo o seu espírito através do louvor,
de modo que as suas emoções não tenham vez.
Saiba, meu irmão, que através do louvor você
“traz” Deus para dentro da sua situação, e Ele “dissipa” tudo o que o oprime.
Quando você nasceu em Cristo Jesus você viveu
o seu primeiro “dia” da eternidade. Você precisa entender que toda a operação
do Espírito Santo em sua vida tem por objetivo desenvolver em você os valores
eternos, ou seja, os valores que vão perdurar em você para todo o sempre: a
Verdade, a Luz, a Paz, a Alegria no Espírito Santo e muitos outros valores
espirituais. Ora, é preciso você entender que esses valores não têm nenhum
relacionamento com as circunstâncias, e se você aprender a viver “fora das
circunstâncias” esses valores se desenvolverão cada vez mais em você.
Na parte da manhã de hoje, procurei mostrar a
você o valor da prática de Louvor, e como ela funciona para você, mas agora à
noite, vamos considerar a outra prática, que é a adoração.
2
- A PRÁTICA DA ADORAÇÃO
Pedi
a vocês repetirem uma frase, estão lembrando? A verdade de Deus tem de
ser vivida. Quero tanto que vocês se conscientizem disso. Meu irmão, se
você não dedicar tempo a Deus (passar tempos a sós com Ele) você jamais saberá
o que Ele pode fazer em sua vida. É imprescindível você ficar muito na presença
de Deus, orando no Espírito e meditando na Palavra. Não importa qual a postura
física, você pode orar em pé, deitado, ajoelhado, andando… não importa, o
importante é a “postura” do seu coração.
Vamos abrir as nossas
Bíblias em Isaías 29:9-13.
Quero que você observe principalmente:
“…Toda a visão já se
vos tornou como as palavras dum livro selado que se dá ao que sabe ler
dizendo: Lê isto, peço-te; e ele responde: Não posso porque está selado;
e dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele
responde: Não sei ler. O Senhor disse: …este povo se Aproxima de mim, e
com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu
coração está longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em
mandamentos de homens que maquinalmente aprendeu” (V.11-13).
Como acho expressiva essa palavra
“maquinalmente”! Será quem inventou essa “máquina” que faz com que os homens
“falem” em Deus, mas não vivam em Deus, isto é, faz com que tenham um
palavreado todo apropriado, mas é só da boca pra fora? O pior disso tudo é que
o maligno, que “inventou” esses procedimentos perniciosos, conseguiu adeptos na
“igreja” que ensinam essas coisas e demais. E Deus diz, na citação acima, que
essa condição faz com que o livro (a Palavra de Deus) fique como que “selado”,
ou seja, que a pessoa não consegue lê-lo, porque não sabe ler. O que acontece?
Infelizmente
encontramos com milhares de pessoas que têm o “livro”, mas não o entendem em
razão de sua forma religiosa de ser. Honram a Deus com a boca, mas o coração
está longe de Deus. Tudo o que ensinamos tem por objetivo fazer com que você
possa confessar com a boca aquilo em que o coração crê. Já falamos um pouco a
respeito de Romanos 10:10, mas eu não concluí as minhas
observações. Veja: “Porque com o coração se crê para Justiça e com a boca se
confessa a respeito da salvação“.
A frase: “a respeito da salvação” é muito
interessante porque o texto na língua original exprime que o “confessar na
boca” tem o efeito de fazer com que você passe de onde você está para uma situação
totalmente outra, ou seja, da derrota para a vitória, da perdição para a
salvação. Quando você confessa o que Deus diz, é impossível você permanecer
como era. A confissão da Verdade sempre efetua mudanças em sua vida. Mas
lembre-se, meu irmão, de que é preciso “perseverar” na confissão para chegar à
plena vitória. Quando você confessa a sua fé é como embarcar num ônibus, pois
você chegará inevitavelmente à vitória.
3
- COMO SER PRÓSPERO:
Precisamos dar-lhe uma pequena
explicação a respeito da prosperidade. Você somente será próspero de verdade
quando o dinheiro não tiver nenhum valor para você. E como pode ser isso? Sei
que você pensa que falamos bobagens, mas vou explicar. Observe comigo Gênesis
39:1,2:
“José foi levado ao
Egito, e Potifar, oficial de Faraó, comandante da guarda, egípcio, comprou-o
(como escravo) dos ismaelitas que o tinham levado para lá. O Senhor era
com José que veio a ser homem próspero…”
Está vendo? O que você precisa em sua vida,
meu irmão, não é de “dinheiro” e sim, de Deus. Quando Deus está com você, você
é próspero de verdade e não tem falta em área alguma de sua vida.
Observe agora I
Coríntios 2:6-12, pois vamos concluir o que iniciamos com as citações de
Isaías 29. Observe:
“…(não) expomos… a
sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada,
mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta…
sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu…” (v. 6-8)
Tudo o que estudei,
tudo o que aprendi da sabedoria do mundo, nas universidades, em nada ajudou o
meu relacionamento com Deus. Nada da sabedoria deste mundo pode ajudar a sua
vida espiritual. Para Ter a sabedoria de Deus, jovem, é preciso ingressar na
“Universidade do Espírito”. O entendimento da Verdade de Deus não vem pelo estudo
e sim pela revelação direta do Espírito Santo. Aquele que foi enviado para nos
ensinar toda a Verdade. Por isso Paulo disse que “falamos a sabedoria de Deus
em mistério” (v.7), ou seja, essa sabedoria vem a nós através da oração em
línguas (Veja I Cor. 14:2). E como podemos dizer isto? Observe como
continua o apóstolo Paulo:
“Nem olhos viram, nem
ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado
para aqueles que O amam. Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito…”
(v. 9,10).
Ao falar-nos das coisas que olhos não viram,
nem ouvidos ouviram etc, o apóstolo não está se referindo a algo no futuro, ao
chegarmos ao Céu. É claro que o Céu faz parte disso. Mas ele está falando de
tudo o que Deus já preparou para você em Jesus Cristo. A vida que Deus já
preparou para você viver aqui, agora, na Terra (no Reino de Deus) é muito maior
e muito mais gloriosa do que você imagina. E como se pode chegar a “entender”
isso? Pela revelação do Espírito Santo. Deus “revela-nos” essas coisas através da
“oração dos mistérios”, ou seja, pela oração em línguas. E você ainda duvida da
eficácia e importância da oração em línguas? Observe como Paulo continua:
“Ora, nós não temos
recebido o espírito do mundo, e, sim, o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos
o que por Deus nos foi dado gratuitamente (em Cristo)” (v.12).
Para
que foi que recebemos o Espírito que vem de Deus? “Para que conheçamos o que
por Deus nos foi dado gratuitamente” em Jesus. Veja a frase
que grifamos: “foi dado”. Toda a operação do Espírito Santo em você é para
“glorificar a Jesus” (Veja João 16:14) e você, pois através de
Jesus você recebeu tudo gratuitamente, direto do coração do
Pai. Mas observe bem, meu irmão: “Ora,
o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são
loucura, e não
pode entendê-las porque
elas se discernem espiritualmente” (v.14).
Atente
para a frase grifada na citação acima. Há entre nós pessoas que estão fazendo
uma ginástica mental impossível, ou seja, estão procurando entender essas coisas
naturalmente. Mas observe que o homem natural não pode entender as coisas do
Espírito de Deus. O irmão Bernardo não pode entendê-las através do raciocínio,
pelo intelecto. As coisas do Espírito são reveladas pelo Espírito Santo em
nosso espírito humano. Fora disso, não há entendimento algum. Por isso se diz
em Isaías
29:13 que
aquele cujo coração está longe de Deus tem um procedimento “só em mandamentos de homens que
maquinalmente aprendeu“. Você tem duas alternativas: ou mantém uma
tradição religiosa que funciona apenas como uma máquina morta, ou você receber
um discernimento espiritual das coisas de Deus, reveladas pelo Espírito Santo
através da oração dos mistérios, e viver uma vida real em Deus.
Mas
vamos voltar a nossa atenção para a prática da adoração, e aprender como ela
pode ser benéfica em nossa vida de todo dia. Veja João 4:19-24, e vou
comentar alguns versículos apenas:
“Vem a
hora, e já
chegou quando
os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em Verdade, porque
são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa
que os seus adoradores O
adorem em espírito e em Verdade” (v. 23,24).
Como é lamentável que Deus
tenha de “procurar” seus adoradores verdadeiros porque estão em falta aqueles
que O adorarão em espírito e em Verdade! Certamente você quer ser um adorador
verdadeiro. A recompensa é muito maior do que você é capaz de imaginar. Assim
nesta parte quero mostrar-lhe o pouco que sei.
Veja,
meu irmão: “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em
espírito e em Verdade” (v. 24). Para eu poder mostrar a você como funciona na
prática a adoração, vamos considerar um episódio na vida de Abraão em Gênesis 22:1-5 com Hebreus 11:17-19.
Observe o que Abraão disse:
“Então
disse Abraão a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos
até lá, e,havendo adorado voltaremos para junto de
vós“. (v. 5).
Vocês
sabem muito bem de que se trata e de como Deus pediu a Abraão que Lhe
oferecesse Isaque, mas muitos pensam: Que Deus é esse que faz esse tipo de
coisa? Como pode Deus proceder dessa maneira? O que você tem de entender, meu
irmão, é que o Seu Deus tem de ser maior que tudo e todos em sua vida. E veja o
que Abraão disse aos seus servos na citação acima: “eu e o rapaz… havendo adorado voltaremos para junto de vós“. Como
tinha ele condições de falar dessa maneira quando sabia que ia oferecer
Isaque (imolar seu filho) no altar? Será que Abraão estava “dando um pulo
no escuro”? Não! Absolutamente não! Ele sabia exatamente o que ia acontecer. E
é isso o que queremos ensinar a você, ou seja, como a prática da adoração
conduz você para uma dimensão em Deus (um entendimento) que supera toda
circunstância. Jesus disse que os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito
e em Verdade. Abraão não tinha nenhuma condição “natural” para dizer o que
disse aos servos, mas ele tinha uma condição “espiritual” para assim falar. E
quando ele assim falou ele sabia exatamente o que estava dizendo porque ele ia
entrar (através da adoração) na condição em Deus que permitiria que Isaque
voltasse com ele, como de fato aconteceu. O que acontecerá com você se você
realmente adorar a Deus em espírito?
Na reunião da manhã procuramos
mostrar a você que se você praticar o louvor, Deus desce (entroniza-Se) nos
seus louvores e transforma totalmente a circunstância em que você se acha.
Quando você praticar a adoração em espírito e Verdade, porém, é o inverso que
acontece, ou seja, quando você entra verdadeiramente em adoração Deus eleva
você fora da circunstância ou situação em que você está e o coloca na condição
dEle mesmo. E que condição é essa? É a condição de espírito e de Verdade na
qual você não “enxerga” a circunstância ou situação naturalmente, mas a
“enxerga” como Deus a enxerga. É isso que a prática da adoração verdadeira faz,
ou, como disse o apóstolo Paulo, a adoração faz com que você…
(“Não
atenta nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem”. 2 Coríntios 4:18).
E como
se deu isso no caso de Abraão? Como foi que Abraão viu “as coisas que não se vêem“?
Observe atentamente comigo Hebreus
11:17-19:
“Pela
fé (nada do Espírito e Verdade funciona sem a fé) Abraão, quando posto a
prova, Ofereceu Isaque; estava mesmo para Sacrificar o seu unigênito aquele
(Abraão) Que acolheu alegremente as promessas, a quem se havia dito: Em Isaque
será chamada a tua descendência, porque (observe porque) considerou que Deus era
poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de
onde também, figuradamente o recobrou”.
A
adoração verdadeira faz com que você “considere” as coisas segundo o espírito e
a Verdade, ou seja, independente das circunstâncias. O problema para nós é
desligarmo-nos das circunstâncias o suficiente para podermos entrar na condição
em Deus na qual Ele possa nos fazer enxergar “as coisas que não se vêem”. A
adoração verdadeira faz isso. Então, como é que se pratica a adoração
verdadeira? Não se fala nada, não se canta, nem geme, não se faz espetáculo. Adorara-se a Deus deixando que
a Verdade de Deus inunde o seu espírito, e enquanto você
contempla o Altíssimo no seu interior, Ele vai assumindo em você a supremacia
absoluta e pouco a pouco Ele tem condição para abrir o seu entendimento ( olho
espiritual) e você somente vê o seu Deus, e o que Ele é: Soberano absoluto em
todo o universo.
Durante
aqueles três dias no Monte Moriá com Isaque, Abraão deixou que tudo o que
Deus lhe dissera com relação ao seu filho fosse enchendo o seu coração. A
promessa: “Em Isaque será
chamada a tua descendência” (Heb
11:18) foi tomando conta do seu espírito até que ele ficou
totalmente consumido pela Verdade no seu espírito, por aquilo que Deus lhe
dissera. E o que aconteceu? Ele “considerou” (chegou a entender) que o Deus que
não pode mentir é o Deus supremo em tudo (maior que a morte) e “era poderoso até para ressuscitar Isaque dentre os mortos”
(Heb 11:19). Foi o primeiro homem a descobrir essa Verdade.
Quando você se achar em
circunstância adversa, seja ela qual for, se você se aquietar diante de seu
Deus em adoração, enchendo o seu espírito com a Verdade que Deus lhe diz, Deus
o elevará acima da circunstância e você enxergará tudo como Ele o enxerga. Na
prática do louvor, Deus Se faz presente na sua circunstância e a arrebenta, mas
na prática da adoração você entra na condição de Deus de modo que a circunstância
cede lugar para a supremacia do seu Deus, e você vê somente o eterno.
Não ande como o mundo, meu
irmão. Não proceda com religiosidade. Pratique o louvor, a adoração, a oração
em línguas, a meditação e confissão da Palavra, e você descobrirá, sem dúvida,
o que é ser “bem-aventurado” (verdadeiramente feliz e plenamente realizado).
4 - A
DINÂMICA DO LOUVOR
Deus predestinou que a
nossa vida cristã deve trazer louvor e glória a Ele
(Ef 1:5-6). Devemos louvá-lo agora e eternamente (v. 14). Assim sendo, nossos lábios e nosso estilo de vida devem constantemente louvar a Deus. Ele se rejubila em nosso louvor. Devemos começar a Sua adoração com louvor (Sl 100:4; Is 60:18). Devemos louvá-Lo com nossos lábios (Sl 34:1), com cânticos (147:1) e com música (150:3). Devemos vestir-nos de louvor (Is 61:3), e nossas próprias vidas devem louvar a Deus (1 Pe 2:9).
(Ef 1:5-6). Devemos louvá-lo agora e eternamente (v. 14). Assim sendo, nossos lábios e nosso estilo de vida devem constantemente louvar a Deus. Ele se rejubila em nosso louvor. Devemos começar a Sua adoração com louvor (Sl 100:4; Is 60:18). Devemos louvá-Lo com nossos lábios (Sl 34:1), com cânticos (147:1) e com música (150:3). Devemos vestir-nos de louvor (Is 61:3), e nossas próprias vidas devem louvar a Deus (1 Pe 2:9).
O que o louvor tem a ver com a
oração que prevalece? O louvor tanto prepara para a oração que prevalece como é
em si mesmo um meio sagrado de prevalecer durante a oração.
5 - O
LOUVOR DIRIGE NOSSO CORAÇÃO A DEUS.
O louvor eleva nosso
coração a Deus em adoração, culto e amor. O fato mais importante da oração que
prevalece é que ela é feita a Deus. Para que nossa oração tenha valor,
precisamos estar supremamente conscientes de Deus. O problema ou
necessidade sobre o qual oramos pode parecer imenso, mas devemos ver Deus
infinitamente maior, capaz de satisfazer todas as nossas necessidades. O louvor
concentra todo o nosso ser em Deus.
Hallesby escreve: “Quando
agradeço, meus pensamentos ainda giram em redor de mim mesmo, mas no louvor da
minha alma ascende em adoração que esquece de si mesma, vendo e louvando apenas
a majestade e o poder de Deus, Sua graça e redenção”.
6 - O
LOUVOR LIVRA O NOSSO CORAÇÃO DE CUIDADOS, TEMORES E PENSAMENTOS CENTRADOS NA
TERRA.
Precisamos entrar na
presença de Deus e fechar a porta que nos separa do mundo exterior. Para
prevalecer eficazmente, devemos esquecer todos os outros deveres, atividades,
envolvimentos e preocupações. O louvor fecha a cortina sobre as coisas
estranhas. O louvor fecha a porta sobre as idéias intrusas, nossos pensamentos
cotidianos e as sugestões satânicas. Ele nos “tranca” com Deus e com os seus
anjos.
7 - O
LOUVOR PRODUZ E AUMENTA A FÉ.
Quanto mais louvamos a
Deus, tanto mais nos tornamos conscientes de Deus e absorvidos na Sua grandeza,
sabedoria, fidelidade e amor. O louvor lembra-nos de tudo o que Deus pode fazer
e das grandes coisas que Ele já fez. A fé vem pela Palavra de Deus e por meio
do louvor. A fé cresce à medida que louvamos o Senhor.
O
louvor nos dá o espírito de triunfo e vitória. O louvor nos incendeia com zelo
santo. Ele nos levanta acima das batalhas, para a perspectiva do trono de Deus.
O louvor reduz as forças inimigas. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”
(Rm 8:31). O que o homem pode fazer quando Deus está do seu lado? (Sl 118:6;
Hb 13:6). Os exércitos angélicos de Deus a nosso favor são muito maiores do que todos que se opõem a nós (2 Rs 6:16).
(Rm 8:31). O que o homem pode fazer quando Deus está do seu lado? (Sl 118:6;
Hb 13:6). Os exércitos angélicos de Deus a nosso favor são muito maiores do que todos que se opõem a nós (2 Rs 6:16).
August H. Francke, ministro luterano por
volta de 1700 e fundador de um orfanato em Halles, na Alemanha, fala de uma
época em que estava precisando de uma grande soma de dinheiro. Seu tesoureiro
foi buscar o dinheiro. Francke pediu que ele voltasse depois do almoço. O
tesoureiro voltou e Francke pediu que retornasse à noite. Nesse intervalo
de tempo, um amigo de Francke foi visitá-lo. Os dois homens oraram juntos.
Quando Francke começou a orar, Deus levou-o a recordar a bondade do Senhor
para com a humanidade, reportando-se até a Criação. Francke louvou a Deus
repetidamente pela Sua bondade e fidelidade no correr dos séculos, mas
sentiu-se impedido de falar de sua urgente petição. Quando o amigo foi embora,
Francke acompanhou-o até a porta. Ali estava o tesoureiro aguardando o
dinheiro e a seu lado um homem que entregou então a Francke uma soma
considerável que cobriu perfeitamente as suas dívidas.
8
- O LOUVOR INVOCA A PRESENÇA, O PODER E AS FORÇAS DE DEUS.
Deus manifesta a Sua presença em meio ao
Seu louvor. Deus está entronizado em meio às criaturas que O louvam. O louvor
de Deus parece chamá-Lo de maneira especial para atuar entre o seu povo,
invocando a manifestação e o uso do Seu enorme poder. Nada nos une mais com os
anjos de Deus do que nos ajuntar em louvor a Deus, e talvez o nosso louvor e adoração
os unam a nosso favor e na resposta às nossas orações. Os anjos ministram
incessantemente a nós (Hb 1:14), mas quando prevalecemos em oração
fazem isso ainda mais, da mesma forma que ministraram a Jesus no Getsêmani.
Huegel conta a respeito de um pastor que
desejava um novo despertamento em sua igreja. Ele convocou durante uma
semana reuniões só de louvor. No começo, as pessoas não entenderam e ficaram
pedindo e suplicando coisas a Deus. Mas o pastor repetiu que não queria nada
além de louvor. Na Quarta-feira o culto começou a mudar. Quinta-feira, houve
muito louvor, que estava ainda mais evidente na Sexta-feira. No Domingo, “um
novo dia tinha raiado. O Domingo foi um dia como a igreja nunca tinha visto. Um
verdadeiro reavivamento. A glória de Deus encheu o templo. Os crentes voltaram
ao seu primeiro amor. Os corações se derreteram… Algo maravilhoso acontecera. O
louvor conseguira isso”.
9
- O LOUVOR CONFUNDE, RESTRINGE, ATERRORIZA E DESTRÓI SATANÁS.
O louvor afasta os poderes das trevas,
espalha os oponentes demoníacos e frustra as estratégias de satanás. O louvor
tira a iniciativa das mãos de satanás. Ele é um meio eficaz de resistir a
satanás e fazê-lo fugir. Um crente cheio do Espírito, ungido e capacitado, pode
atacar as fortalezas de satanás mediante o louvor. Ezequias, Isaías e o povo de
Israel da sua época não foram os únicos que afugentaram o inimigo por meio do
louvor.
Durante os meus dias de missionário na Índia,
os alunos e os professores da escola bíblica para moças de outra congregação
estavam orando e jejuando a fim de que uma estudante possessa pelo demônio
fosse libertada. Fui chamado para ajudar, mas, me senti incapaz. Enquanto
orava, senti o impulso de aproximar-me da moça semi-inconsciente, que vários
adultos seguravam a fim de controlar as contorções e os espasmos.
Falei no ouvido dela: “Jai Masih Ki” (vitória
para Cristo), a maneira idiomática de dizer “Louvado seja o Senhor” na língua
dela. Quando pronunciei esta frase em seu ouvido, ela começou a responder, como
se pudesse ouvir minhas palavras. A seguir, fez um esforço para controlar seus
lábios cerrados e, quando pôde finalmente abri-los, disse em voz alta: “Jai
Masih Ki”. Ficou instantaneamente liberta. A oração e o jejum provavelmente
ajudaram a preparar o caminho, mas o louvor foi a arma do Espírito para
libertá-la.
Huegel, um experiente missionário do México,
disse que muitas vezes em que a oração não traz a resposta o acréscimo do
louvor leva à vitória. Ele afirma: “Existe no louvor um poder que a oração não
tem. A distinção entre os dois é naturalmente artificial… A mais alta expressão
de fé não é oração em seu sentido ordinário de petição, mas oração em sua
expressão mais sublime de louvor”.
10
- A MÚSICA NO LOUVOR E ADORAÇÃO
A música sempre teve um
papel importante na adoração a Deus. Há muito tempo atrás, no início da
Criação: “as
estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus
rejubilavam.” (Jó 38:7).
A música hebraica era
predominantemente vocal. Havia bem poucos instrumentos nos primeiros dias de
sua história. A voz humana era o instrumento mais acessível e popular com o
qual a música podia ser feita.
A primeira menção bíblica de
música e cânticos encontra-se em Gênesis 31:27 e associa-se com a
expressão de júbilo. A adoração com cânticos é primeiramente mencionada em
Êxodo 15:1-21. Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor, Miriã e todas
as mulheres, com pandeiros e danças, responderam ao cântico de Moisés.
A escavação do poço em
Beer foi celebrada com cânticos (Nm 21:17,18).
Débora e Baraque celebraram
sua vitória com cânticos (Jz 5:1-31).
As mulheres de Israel
celebraram a vitória de Davi sobre Golias com cânticos (1 Sm 18:6,7).
Quatro mil levitas louvaram ao
Senhor com instrumentos quando Salomão foi levantado como rei sobre Israel.
“E os
filhos de Israel… celebraram a festa dos pães asmos sete dias com grande
alegria: e os levitas e os sacerdotes louvaram ao Senhor de dia em dia, com
instrumentos fortemente retinintes ao Senhor.” (2
Cr 30:21).
“E disse Davi aos príncipes dos
levitas que constituíssem a seus irmãos, os cantores, com instrumentos
musicais, com alaúdes, harpas e címbalos, para que se fizessem ouvir,
levantando a voz com alegria”. (1 Cr 15:16).
É obvio que a música e os
cânticos são uma parte vital do louvor e adoração a Deus. Isto é retratado em
toda a Bíblia de Gênesis a Apocalipse. Hoje em dia ainda é assim. São uma
expressão vital, gloriosa e positiva de louvor a Deus.
11 - SATANÁS
E A MÚSICA
É também verdade que
Satanás usa a música muito eficientemente para alcançar os seus propósitos.
Antes de sua queda, Lúcifer era um chefe dos músicos. Ezequiel 28:13 nos diz: “a obra dos teus tambores e de
teus pífaros estava em ti: no dia em que foste criado foram preparados.” Lúcifer era um músico mestre. Ele deveria
usar este dom para a glória de Deus, mas quando se rebelou contra o Senhor e
teve que ser expulso do Céu ele prostituiu este dom e começou a usá-lo para o
mal ao invés do bem. Ele tem feito isto muito eficientemente até o dia de hoje.
Foram os descendentes de Caim
que inventaram tanto os instrumentos de música como os instrumentos de guerra
(Gn 4:21,22).
Quando Moisés voltou do seu
encontro com Deus na montanha, ele descobriu que os filhos de Israel haviam se
afastado de Deus e voltado à adoração de ídolos. Estavam dançando e cantando ao
redor do bezerro de ouro. O som de suas músicas era tão confuso aos ouvidos de
Moisés que ele não podia discernir imediatamente o significado daquele som.
Este tipo de música, cheio de
confusão, tem a marca registrada de Satanás, pois ele é um enganador. Muitas
músicas modernas estão repletas de confusão. Transtornam e perturbam as
pessoas.
A música devota, piedosa tem um
efeito exatamente oposto. Ela acalma ao invés de confundir. Talvez ela nos motive,
mas nunca faz com percamos o controle das nossas emoções. Ela nos fortalece, ao
invés de nos enfraquecer.
Nabucodonosor, rei da
Babilônia, usava instrumentos musicais de várias espécies para induzir as
pessoas a adoração da imagem de ouro que ele havia erigido (Dn 3:5-7).
Herodes sucumbiu à música e dança sedutoras da
filha de Herodias e tolamente ordenou a morte de João Batista (Mt
14:6).
A música satanicamente inspirada da
Babilônia será finalmente destruída quando a cidade da Babilônia for derribada.
O som de sua música não mais será ouvido. (Ap 18:22).
12
- A MÚSICA PODE INSPIRAR A ADORAÇÃO À DEUS
O Espírito Santo também pode usar a
música para a glória de Deus e para a edificação das pessoas.
Observe o poderoso efeito terapêutico que a
música ungida tinha sobre Saul (1 Sm 16:23). Davi havia sido ungido por
Deus (vers.13). Ele era um músico habilidoso, um compositor dotado e um doce
cantor. Quando tocava e cantava sob a unção do Espírito, o espírito maligno se
retirava de Saul, o qual passava a se sentir renovado e melhor.
Quando
Josafá precisou de um profeta numa ocasião de crise nacional, ele chamou
Eliseu. O profeta chamou um músico. “E sucedeu que, tangendo o
tangedor, veio sobre ele (Eliseu) a mão do Senhor. E disse: Assim diz o
Senhor…” (2 Rs 3:11,15,16). A música obviamente ajudou a criar uma
atmosfera e uma disposição para que o dom de profetas operasse.
O rei Davi designou 4.000 homens para que
profetizassem com harpas, saltérios e címbalos (1 Cr 25:1).
Foi somente quando Israel estava em cativeiro
na Babilônia que eles cessaram de cantar e tocar. A música ungida deles cessou
e penduraram suas harpas nos salgueiros (Sl 137).
Quando os seus
captores babilônicos os incitavam a que cantassem, replicavam: “Como
entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?”
Quando o cativeiro deles terminou, após 70
anos, voltaram para casa com cânticos alegres e com risos. Havia louvor em seus
lábios (Sl 126:1,2). É somente quando a Igreja está em cativeiro espiritual que
a sua música ungida cessa. Quando este cativeiro é rompido e as pessoas
novamente se libertam, a música, os cânticos, o louvor e as danças e os risos
são todos a elas restaurados.
.
13
- A MÚSICA E OS CÂNTICOS NO NOVO TESTAMENTO
Os discípulos cantaram hinos juntos. (Mt
26:30; Mc 14:26).
Paulo e Silas cantaram louvores a Deus (At.16:25). (At.16:25). O Paulo
instruiu a Igreja com relação aos cânticos ungidos. Eles deveriam cantar:
1.
Salmos (os Salmos
musicados).
2.
Hinos (cânticos de
louvor a Deus).
3.
Cânticos Espirituais
(cânticos espontâneos dados pelo Espírito).
Os cânticos da Igreja Primitiva eram louvores
ao Senhor. O seu objetivo primário nos cânticos era louvar e engrandecer a
Deus. Não cantavam para causarem um impacto ou para entreterem os outros. Os
seus cânticos não eram centralizados no homem. Eram dirigidos à Deus, para o
Seu prazer somente.
Este tipo de música e cânticos ungidos,
dirigidos a Deus com louvor e adoração é muito raro na Igreja hoje. Contudo,
Deus está restaurando este ministério ao Seu povo.
Aqui estão algumas sugestões para ajudá-lo introduzir
a sua comunidade num ministério de música ungida com louvores a Deus:
1.
Comece todas as
reuniões com ações de graças e louvores em forma de cânticos. “Entrai por suas
portas com ações de graça, e nos seus átrios com hinos de louvor; rendei-lhe
graças e bendizei-lhe o nome.” (Sl 100:4)
1.
2. Peça em oração ao Espírito Santo que o lembre de cânticos ou
hinos apropriados. Deus tem um tema ou mensagem para cada culto. Em geral,
cânticos apropriados preparam o caminho para o tema ou mensagem.
1.
3. Não tenha medo de cantar cânticos mais de uma vez, ou ainda, uma
parte específica deles pode parecer especialmente ungida ou abençoada.
1.
4. Exorte as pessoas a realmente “cantarem ao Senhor”. Os hinos são
muitas vezes cantados porque é a nossa tradição e costume cantá-lo. Temos
porém, um propósito muito mais valioso que este, ou seja, cantar ao Senhor, ou
dirigir a nossa atenção para o Céu através de cânticos.
2.
5. Comece com cânticos de louvor e ações de graças. Permita que as
pessoas expressem genuinamente, seus louvores através deles. Os cânticos não
são louvores em si mesmos. São meros veículos através dos quais podemos
expressar o nosso louvor. É bem possível cantarmos muitos hinos e cânticos sem
expressarmos nenhum louvor verdadeiro.
1.
6. Os cânticos de louvor inspiram as pessoas a adorarem. Em geral
começamos com o louvor e em seguida, as pessoas passam progressivamente para os
vários níveis do mesmo até que entrem na adoração que é o nível elevado de
louvor.
1.
7. Não “faça correndo” o culto de louvor. Muitos pastores
consideram esta parte do culto como uma “preliminar” uma necessidade maçante,
porém tradicional. Conceda este tempo para cantar, louvar e adorar. Estes são
os atos mais importantes da nossa reunião.
1.
8. Dê oportunidades para a participação da congregação. Incentive
as expressões espontâneas. Alguém pode dirigir a congregação em oração, o que
poderá resultar na direção para a reunião. Talvez alguém mais profetize e a
exortação venha a fornecer o tema para o resto do culto.
1.
9. As manifestações do Espírito deveriam ser expressas nos cultos
de adoração dos crentes (1 Co 12:8-11). Não “apague” o Espírito (1 Ts 5:19).
Incentive a participação e expressão através destes dons espirituais. Contudo o
líder designado e ungido deveria em todo o tempo reter a autoridade espiritual
sobre o culto.
10. Todas as coisas deveriam ser feitas para a edificação mútua.
Todas as manifestações bíblicas são legítimas e apropriadas, mas tudo que é
feito e a maneira com que é feito tem que ser para a edificação de toda a
congregação (1 Co 14:26).
11. Evite “contribuições” que geram confusões.“Deus
não é autor de confusão.” (1 C0 14:33). Se o culto começar a ficar
confuso, tome a frente e tire-o da confusão. Se necessário, faça uma pausa e
explique à congregação o que está acontecendo, esclarecendo assim a situação.
Use situações assim para ensinar a maneira certa e errada de se fazer as
coisas.
12. Tudo deveria ser feito para o Senhor e para a glória de Deus.
Lembre-se que o alvo de todas as reuniões é glorificar a Deus e edificar os
crentes.
13. Use um livreto de cânticos
ou um retroprojetor para que as pessoas possam participar. Não tenha medo
de num dado momento, colocar de lado o livreto e a letra dos cânticos e
simplesmente adorar ao Senhor de coração.
14. É claro que há certas
“técnicas” para a direção de um culto de cânticos ou de louvor, mas você
precisa evitar, com todo o cuidado, tornar-se muito mecânico ou formal. Permita
que haja uma liberdade subjacente. Seja flexível. Não insista seguir o
programa. Seja sempre flexível às direções do Espírito e esteja disposto a
seguí-las. Para uma boa direção de louvor e cânticos é necessário muito mais do
que a movimentação dos braços, ainda que isto possa ser feito corretamente. A
liberdade de Espírito e a espontaneidade são mais importantes que a precisão
técnica.
15. Procure ficar escondido, para
que as pessoas possam “ver a
ninguém, senão unicamente a Jesus” (Mt 17:8). Eu me lembro de
uma igreja que pastoreei por muitos anos em Brisbane, Austrália. Na
primeira vez que subi ao púlpito, vi algumas palavras entalhadas nele. Elas
confrontavam todos que subiam àquele púlpito para falarem, ministrarem. As
palavras eram: “Queremos ver a Jesus” (Jo 12:21). Sempre deveríamos ter isto em
nossas mentes. As pessoas não vieram para verem ou nos ouvirem. Vieram para
ouvirem a Jesus. A nossa tarefa, com a ajuda do Espírito, é abrir o véu, para
que todos os olhos possam ver o Senhor e adorar diante d’Ele. E isto deveria
ser o objetivo mais importante de todos os servos de Cristo que dirigem cultos
de louvor.
14 - O
CULTO A DEUS: AUXÍLIO AO DIRIGENTE
Algumas pessoas não acham
válido haver na igreja alguém responsável pela direção das reuniões, com receio
de que o culto seja produto do gosto pessoal do dirigente. Esse perigo é bem
latente nas congregações renovadas, onde não há mais uma ordem pré-estabelecida
para as reuniões, o que dá lugar à predominância de gosto pessoal, onde tendem
a se destacar aqueles de personalidade mais forte. Mas também não deixa de
haver um certo perigo quando as reuniões têm livre curso, onde todos têm
liberdade de opinar, pedir cânticos e testemunhar, pois alguns irmãos de ânimo
mais forte tendem a dominar o culto. Isto é comum em reuniões nos lares ou de
pequenos grupos. Pode até mesmo ocorrer quando o dirigente acha que deve haver
liberdade para que os irmãos peçam seus cânticos. O gosto pessoal de cada um
acaba predominando e alguns cânticos são solicitados no momento impróprio.
Por isso sou da opinião de que
a direção do culto, sempre que possível, deve ser plural. Vários irmãos se
aconselham mutuamente, e um deles toma a frente, sempre assessorando pelos
demais, que podem a qualquer momento usar da palavra, sem que o dirigente se
sinta ofendido. Assim, qualquer irmão que dirija a reunião disporá de conselho
e orientação segura. Partindo do pressuposto de que alguém deve ser responsável
pela direção das reuniões da igreja, segue aqui algumas sugestões ao dirigente.
Em primeiro lugar, há
fundamento escriturístico para que haja liderança ou alguém dirigindo uma
reunião. Nesse sentido, creio, não será necessário tecer comentários e, sim,
usar de alguns exemplos bíblicos já mencionados neste livro. É o caso de Miriã,
que saiu liderando as mulheres em danças e louvor a Deus, logo após a passagem
pelo mar vermelho. Outro exemplo é o de Davi instituindo uma ordem de culto em
Israel que perdurou por centenas de anos. No culto a Deus, por menor que seja o
número de pessoas, é bom haver alguém coordenando, do contrário os louvores
serão dispersos e os cânticos serão cantados conforme cada um deseja. Às vezes
costumo perguntar numa reunião pequena que cântico soou durante aquele dia no
coração de cada um. As respostas são diferentes. Uma pessoa passou todo o dia
com um cântico de júbilo no coração, outra com um cântico de contrição. Além
disso, há pessoas que têm os seus hinos preferidos que são solicitados nas
horas impróprias. Assim, um irmão deve coordenar, mesmo num pequeno grupo, os
louvores, e ser, diante da congregação e diante de Deus, o responsável pelo
andamento da reunião.
Em segundo lugar, uma pessoa que não adora a
Deus não pode levar outros a adorarem. Existe uma maneira de correta de nos
chegarmos a Deus. A adoração deve fazer parte da vida de toda pessoa que tem
responsabilidade congregacional, seja na direção do culto, liderança de grupos
e, principalmente, na vida daquele que ministra diante do Senhor na
congregação. O dirigente do louvor e adoração é, pois, uma pessoa que ministra
ao povo de Deus. Ministra ao povo quando, recebendo de Deus, conduz a
congregação à sua presença. Ministra ao Senhor, porque esse é o conteúdo de
todo o serviço e adoração. Aquele que não possui uma vida intensa de comunhão e
adoração, não poderá guiar outros na adoração e louvores ao Senhor. Como saber
se a pessoa é um adorador? Ela transmite vida não só à frente da reunião, mas
também na sua vida íntima e pessoal.
15
- O DIRIGENTE DO CULTO
1) O dirigente
do culto deve estar bem preparado – corpo, alma e espírito. Quando ele está
fisicamente cansado, o cansaço poderá transparecer e afetar a congregação. Da
mesma forma, se sua alma e espírito não estiverem íntegros e retos diante do
Senhor, isto afetará o louvor congregacional. Muitas vezes temos que ser
sinceros e dizer aos nossos colegas de ministério que não estamos preparados
nesse dia para levar o povo à presença de Deus. Se o dirigente bocejar,
apoiar-se no púlpito e descansar sobre uma das pernas, toda a congregação
notará. Com seu físico descansado e seu espírito avivado, ele ajudará os que
estão cansados e abatidos a terem um encontro com Deus, no louvor e adoração.
2) Em segundo lugar, o
dirigente da reunião não pode estar nervoso. Se discutiu em casa, no trabalho,
ou se algo não está bem com ele, isto poderá deixá-lo sem condições de dirigir
a reunião. Deve ter uma boa disposição bem antes do início do culto. Se seu
estado de saúde não o favorece, como uma dor de dente, dor de cabeça ou
canseira, é melhor ser bem sincero e pedir que os presbíteros ou, na ausência
destes, outros irmãos ministrem a ele, para então ter condições de ministrar ao
povo. Muitas vezes o dirigente ou os músicos podem estar sob opressão maligna
e, ao serem ministrados antes de ministrarem aos outros, ficarão libertos e
purificados de todo o mal.
3) Em terceiro lugar,
o dirigente da reunião deve ser uma pessoa sensível ao Espírito Santo,
procurando saber dele o que mais agradará ao Rei Jesus naquele dia. A Bíblia
diz que o Espírito glorifica a Jesus. Assim, o Espírito sabe se o Pai quer
júbilo ou prostração. Se o Senhor quer ser exaltado como Rei ou como um pai
amoroso, como Deus forte, como um guerreiro ou um amigo. O Espírito é quem
dirigirá o louvor nesta ou naquela direção. A adoração é o “alimento” de Deus,
disse certo pregador. E ele poderá conduzir a reunião, através do dirigente, a
profundas experiências.
4) Outrossim, o
dirigente deve pensar previamente como começar, tendo em vista que o início é
muito importante. O primeiro cântico é a chave que abre a reunião. Se a unção
de Deus na reunião é para levar a congregação a glorificar a Jesus como Rei e o
primeiro cântico apresenta como Salvador, no seu amor, na obra da cruz, então o
dirigente demorará um pouco a direcionar a reunião para cumprir a vontade do
Espírito. Muitas vezes, somente depois do terceiro ou quarto cântico é que se
descobre a “mente” do Espírito. Quando procuramos, contudo, saber a vontade do
Espírito, podemos entrar em adoração logo no primeiro cântico. Se o dirigente
não está certo do que o Espírito quer para a reunião, deve procurar seus
colegas pastores, e, na falta destes, os irmãos mais chegados, e perguntar-lhes
com que cântico ou de que maneira deve-se começar uma reunião. Nunca é
recomendável começar uma reunião com adoração, principalmente quando a reunião
tem caráter público, isto é, aberta a pessoas não cristãs. Quando todos somos
comprometidos com Cristo, a adoração flui logo, tal a unidade de espírito e fé.
Ao contrário, quando há a presença de muitos incrédulos, é necessário começar
com louvor e júbilo, e assim todo o espírito de incredulidade será dominado na
reunião. A experiência tem mostrado que, muitas vezes, é ainda necessário parar
o louvor, e a congregação, como um todo, numa oração de autoridade, repreender
toda a potestade maligna.
É muito comum ficarmos, mesmo
os crentes, contaminados pela “fuligem” do mundo, do ambiente da escola, do
trabalho, dos coletivos urbanos, dos meios de comunicação, etc. Daí a
necessidade de uma purificação de nossa vida diante do Senhor. Isto também
poderá ser feito começando-se a reunião com pequenos grupos de oração, de forma
que um irmão ministre a outro, e assim sejam todos mutuamente purificados nos
amor, paz e relacionamento com Cristo. Com isso o caminho para a adoração fica
livre.
A Palavra de Deus diz que
devemos ter “intrepidez para entrar no Santo dos Santos” (Hb 10:19). Intrepidez
significa ousadia, com força, coragem e sem temor. Assim, uma reunião pode ser
iniciada com todos orando em grupos ou todos saudando uns aos outros.
5) O
dirigente deve sempre incentivar os irmãos à santificação. “Animador” de culto
não existe. O animador está nos clubes, emissoras de rádio e TV. No culto há o
ministro. Seu papel é motivar e exortar os irmãos a uma vida de santificação.
Animador de corinhos para “esquentar” o ambiente é obra puramente carnal.
Os irmãos devem ser ajudados e exortados a se santificarem para uma adoração profunda
diante do Senhor.
6) O
dirigente deve facilitar as manifestações simultâneas e espontâneas das
pessoas. Nem sempre isso é necessário, pois há momentos quando a congregação
espontaneamente expressa seu louvor e adoração. Não é preciso pedir. Elas fluem.
Irmão após outro irrompe em expressões de agradecimento, de júbilo, de
contentamento, de engrandecimento do nome do Senhor. Mas cabe ao dirigente
facilitar essas expressões. Quando o dirigente do culto se limita a cânticos
após cânticos, sem parar, inibe as expressões espontâneas. O dirigente que
somente se preocupa em cantar com o povo e a falar todo o tempo, limita o
louvor aos cânticos. Depois de algum tempo de louvor, o dirigente poderá ficar
em atitude de adoração, ou com as mãos levantadas ou de cabeça baixa. A
congregação se acostumará aos gestos do dirigente e saberá que é o momento para
se expressarem diante do Senhor, não somente em palavras e frases curtas, mas
também em cântico espiritual.
7) O
dirigente deve também cuidar do comportamento congregacional. Ele deve sentir o
ambiente e o povo. Pode ser que o dirigente queira adorar, mas o clima entre o
povo é de júbilo e de danças. Ou poderá ser que o dirigente queira jubilar-se e
louvar a Deus, mas o ambiente na congregação é de adoração e de prostração. Se
ele não sentir a reação do povo, demorará muito a entrar num fluir dinâmico do
Espírito. Isto não quer dizer que o estado emocional da congregação é que deve
ditar o rumo do culto. Muitas vezes, contudo, quem está dirigindo a reunião precisa
ouvir o Espírito através da congregação.
8)
Depois de descobrir o fluxo do Espírito no culto, o dirigente deve procurar a
nota dominante da reunião. Esta pode ser sobre o amor, cura, libertação,
exaltação da santidade de Deus, etc. Uma vez conhecido o tema, dirigir a
reunião com segurança e firmeza. Um dirigente que fica titubeando, que deixa
transparecer indecisão, transmite tudo à congregação. Esta se sente segura,
quando o dirigente é firme e seguro. Ele deve ser prudente para não dar a
palavra ao pregador depois que o povo já ouviu muitos testemunhos e teve um
longo tempo de louvor. Muitas vezes ficamos comprometidos com pregadores que
têm de falar ao povo. Mas, se na reunião houve louvor e adoração, testemunhos,
palavra profética e ministração individual, quando o pregador for pregar o povo
se sentirá cansado. Se o pregador convidado à reunião for uma pessoa
compreensiva, também entenderá que não há lugar para uma pregação longa.
Podemos limitar a obra de Deus num culto, quando comprometidos em dar a palavra
a pregadores convidados. Recordo-me de uma ocasião, quando o louvor e adoração
fluíram no meio do povo com muitas palavras proféticas, e tínhamos um pregador
de uma outra cidade que nos fora recomendado por colegas. Por estar fora da
sintonia da reunião e interessado em divulgar seu programa de evangelização, o
culto tomou uma direção contrária à que todos esperavam.
Quando os pastores da congregação acompanham o
fluxo da reunião, aquele que será o pregador saberá ficar calado e deixar o
culto tomar os rumos que Deus deseja. Os pregadores precisam ser restaurados,
para saberem quando devem falar e quanto tempo devem usar.
9) O dirigente deve
atuar em fé. Ele deve conduzir as pessoas a Deus. Muitas vezes, o muito falar
prejudica o fluir do Espírito na reunião. Há dirigentes que costumam ficar
falando durante um período de silêncio e adoração ou mesmo no meio júbilos.
Deve-se falar para levar pessoas a Deus, mas somente o necessário. Falar demais
torna a reunião cansativa.
Também é necessário que ele inspire fé. No
meio dos louvores e da adoração poderá ocorrer salvação, cura, batismo no
Espírito, distribuição de dons entre os irmãos, etc. Basta uma palavra de fé do
dirigente para que Deus transforme muitas vidas.
16
- OS MÚSICOS E O DIRIGENTE DO CULTO
Os músicos devem se harmonizar com o
fluir da unção e adoração. Já dissemos que um músico não convertido pode tornar
“profano” aquilo que deveria ser santo. Em regra geral, os músicos de nossas
igrejas são jovens, e é necessário que eles tenham a vida purificada. Se eles
tocam seus instrumentos apenas por acompanhamento, não estão desempenhando seu
papel no culto. Os músicos devem se harmonizar de tal forma com o Espírito que
levem a reunião a um clímax de adoração, colaborando assim com o dirigente.
Eles podem ter a inspiração de começar um outro cântico antes que o dirigente
se aperceba; e, se começarem a tocá-lo, acabam dirigindo a reunião. Os músicos,
quando unidos em Deus, podem dar a vibração certa na bateria ou deixar de
tocá-la; dar o toque certo na guitarra ou parar e deixar somente o órgão
tocando. Ou, todos podem parar de tocar e ficar em adoração. O guitarrista, o
organista podem com seus acordes, executar cânticos espirituais. O trompetista
pode, no espírito, tocar um solo com seu instrumento de sopro. Quando os
músicos se harmonizam com o fluir da adoração, o culto flui no mover de Deus!
E, para finalizar, o
culto programado na orientação do Espírito Santo é melhor que o programado pelo
homem. Os cânticos comunicam o que estamos vivendo. A congregação que
vive uma verdade, prega e canta sobre ela. Assim, quando uma congregação
entoa somente hinos de exaltação ao governo de Deus, seu Reino e seu poderio, é
porque está vivendo intensamente essa verdade. Se seus cânticos forem somente
de cura ou salvação, estas serão as verdades vividas por ela de forma mais
intensa. Precisamos ter nossa hinologia restaurada. O dirigente é quem tem a
responsabilidade de trazer essa mudança. Que Deus levante muitos dirigentes
cheios do Espírito, de poder e de sabedoria!
17 - CONVITE À ADORAÇÃO
Uma igreja local que mantém cultos de
adoração como atividade normal, é uma igreja vitoriosa na comunidade onde vive!
Vemos pessoas sendo salvas, batizadas, integradas ao Corpo de
Cristo e se tornando um canal de bênçãos às pessoas que estão ao seu redor.
O esforço evangelístico, assim normalmente expresso, dá lugar a uma
evangelização natural, fruto da vida normal da igreja. As campanhas de
oração dão lugar a uma vida normal de oração. Não é necessário fazer cultos
para cura divina porque elas ocorrem de forma habitual nas reuniões e na vida
diária do povo.
Uma congregação que aprende a adorar carregará
também o peso pelos perdidos; terá a carga da intercessão e viverá intensamente
a comunhão mútua entre os irmãos.
Nesse livro tratamos basicamente da adoração
corporativa, contudo não haverá igreja forte no louvor e adoração, se na vida
particular de seus membros a adoração for relegada a segundo plano. O cristão
que anda pela casa com cânticos de ações de graça em seus lábios, certamente
contagiará a reunião da igreja e o próprio Deus! A adoração começa dentro de
cada vida, de cada família, de cada grupo de discipulado, tornando-se, consequentemente,
o fluir normal na vida da igreja.
Não cabe aqui um ponto
final neste livro; certamente muitos capítulos serão acrescentados por
você; suas experiências encorajarão a que se restaure a
adoração na vida da igreja.
18 -
COMO MINISTRAR UM LOUVOR CONGREGACIONAL
Existem
várias técnicas que podem ensinar qualquer irmão ou irmã a ministrar um louvor
diante de Deus para a congregação. Técnicas existem e ajudam, mas o mais
importante é ter a certeza de estar no centro da vontade de Deus e do seu
chamado específico para o Louvor. Dentre as inúmeras qualidades de um Ministro
de Louvor, este tem que primeiro estar com uma vida santa, reta e agradável aos
olhos do Senhor. O que ministra louvor tem que estar ministrando também exemplo
de vida, de santidade, de amor, desunião e de humildade. Assim o Senhor terá
condições de abençoar e ensinar a cada dia mais, como ministrar um Louvor.
Ministrar Louvor é levar pessoas a adoração a Deus. Ministrar Louvor é buscar o
mover do Espírito Santo na congregação através de
cânticos.
19
- OS CÂNTICOS CERTOS NAS OCASIÕES CERTAS.
O ministro de Louvor tem
que ter a percepção espiritual para saber quais os cânticos certos para aquela
ocasião, sempre buscando uma linha cujo os temas e mensagens estão de acordo
entre si. Não é aconselhável mudar a direção dos temas e mensagens dos
cânticos, principalmente no momento de adoração ao Senhor, pois imagine só você
cantando um cântico de busca e entrega ao Espirito Santo, e quando começa
a sentir um toque, um fluir do Espírito, o ministro muda a direção do cântico e
começa a cantar uma música sobre libertação, sobre união entre os membros da
Igreja, ou sobre o perdão dos pecados, ou mesmo salvação. É claro que há
exceções, mas nem sempre isto deve acontecer. É preciso descobrir o fluxo e
sentido das canções de cada cântico, para cada culto e situação. Eis aqui
alguns temas e mensagens dos cânticos congregacionais: Exaltação, Adoração,
Poder, Perdão, Batismo no Espírito Santo, Libertação, Milagres, Salvação e
outros mais.
20 - A
COMUNICAÇÃO IDEAL.
O bom Ministro é aquele que se comunica bem, canta bem, e tem
unção.
É preciso saber falar na hora
certa seguindo sempre o fluxo espiritual da congregação. Se o povo não está
batendo palmas com firmeza e união, deve-se falar e pedir ao povo que batem
palmas todos os povos seno momento de adoração a maioria estiver desligada e
destruída pode-se por exemplo pedir para que todos fechem os olhos, que levante
as mãos e que comecem a falar palavras de amor, de agradecimento e sinceridade
ao Senhor. Se no momento de Louvor perceber que o povo não está cantando e
correspondendo pode-se tranquilamente pedir aos músicos que parem de tocar para
ouvir apenas as vozes da congregação cantando juntos, formando um lindo coral
de vozes ao Senhor. É preciso sempre manter o controle da situação e quando o
povo estiver louvando e adorando o Senhor em Espírito e Verdade,
procurar não falar nada, apenas deixar que o próprio cântico fale ao
coração das pessoas. Falar demais acaba atrapalhando o mover do Espírito Santo
nas pessoas e não falar nada, causa vazio no Louvor Congregacional. Jamais dê
testemunhos pessoais durante o louvor, ou pregue a palavra, ou abra a Bíblia e
comece a ler longos versículos e dar explanações, deixe isso para o decorrer da
programação do culto ou podem pensar que você deveria ser um pregador, ou
professor de escola dominical e de novos convertidos, e não o Ministro de
Louvor da Igreja. Cultos organizados tem hora certa para cada momento.
Nos hinos de Louvores com
ritmos rápidos pode-se se expressar com uma voz mais alta e ungida, mas no
momento de adoração a voz tem que sempre ser bem suave, de acordo com o
cântico, enquanto ministra e se comunica com a Igreja.
Momentos de adoração devem
sempre seguir com uma percepção musical suave dos instrumentos e na voz e
comunicação do Ministro.
Comunicar certo é conseguir manter o nível
excelente de participação dos membros no Louvor e levar pessoas a abrirem seus
corações ao Senhor e se entregarem ao Espírito Santo. Um Ministro de
Louvor tem que conseguir levar pessoas a verdadeira adoração através de uma comunicação
ideal, prudente, sensata e ungida. Muitos só dizem: Vamos aplaudir ao Senhor,
Aleluias, Glorias a Deus e Amém. Outros falam demais e acabam transparecendo
que querem dirigir um culto, pregar ou até mesmo aparecer.
Mantenha suas palavras de acordo com a
recíproca do povo. Assim seu êxito será certo.
21
- POSTURA
O Ministro de Louvor tem que estar a
vontade no altar. Ele tem que caminhar por todos os lados. Existem Ministros
que são como estátuas, ficam parados no mesmo lugar durante todo o Louvor. A
Igreja acaba ficando parada, fria e imóvel também. Outros se mexem tanto,
correm tanto e fazem tantos gestos que mais parecem atletas excepcionais ou
professores de aeróbica. Cansa a congregação só de olhar e acompanhar. O
Ministro de Louvor tem que ter a liberdade de caminhar (isto impõe segurança)
de se expressar com gestos em alguns cânticos (gera participação da Igreja) de
olhar nos olhos da congregação em geral (mostra confiança e autoridade, e não
insegurança, fragilidade e medo de encarar as pessoas, pois tem Ministros que
fecham os olhos e esquecem do resto e de observar o fluxo na Igreja) de se
ajoelhar em momentos de adoração (mostra submissão e humildade). Tudo isto deve
ser com prudência, sabedoria e sensibilidade espiritual. Obedeça sempre o Espírito Santo
e tudo será uma benção para você e a Igreja. Onde há o Espírito Santo, aí há
liberdade, lembre-se que você é livre para adorar ao Senhor com danças,
cânticos, júbilo más sempre com a reverência que é devida ao nosso Deus.
22
- ESPONTANEDADE.
Ministros de Louvor que seguem
exatamente aquilo que estava programado nos ensaios e antes dos cultos, podem
estar falhando na sensibilidade musical e espiritual. É obvio que não é normal
ficar mudando a direção dos cânticos e louvor, mas sempre é preciso estar
atento para saber quando deve-se fazer sinal aos músicos para tocarem mais
suave, mais baixo ou mais alto, que deixem só a congregação cantando junta, ou
que se repita várias vezes o mesmo coro, que faça silêncio absoluto para uma maior
busca, entrega e sensibilidade ao mover do Espírito Santo, que se inicie mais
uma vez a canção para maior aproveitamento ou que os músicos continuem tocando
a melodia da canção para que a Igreja possa cantar um cântico novo pessoal e
espiritual. Tem que haver flexibilidade, espontaneidade no Ministro e no
período de Louvor, pois a vontade de Deus nem sempre é a do homem, por mais que
sejamos organizados e programados.
Como é maravilhoso estar diante de um grupo de
louvor, que realmente busca ministrar através de cânticos de adoração. A tarefa
do Louvor é libertar, operar, abençoar os irmãos, é preparar os corações para a
palavra de Deus. Um bom grupo de Louvor tem de saber explorar os benefícios que
traz a congregação, quando consegue realmente ministrar a presença
do Espírito Santo de Deus.
Ás vezes se faz necessário dar um reviravolta
na maneira de cantar e tocar os cânticos, geralmente os momentos
que, nem se quer estão sendo cantados por exemplo, são os que mais tocam. Como é
bonito ver e ouvir um grupo inteiro glorificando a Deus, buscando a presença de
Deus, todos adorando e louvando, os instrumentos tocando uma melodia
espontânea de adoração, as vozes bem suaves dos componentes do grupo dando
gloria, aleluia, enfim, tendo um período de 5-10 minutos de busca, entrega, e
comunhão com Deus. O Louvor é isso. É uma arma poderosa para trazer renovo
de vida a muitas almas, é arma que quebra corações duros, que expulsa todo
poder das trevas, que toca e salva, que cura e opera grandes coisas. Para isso
é preciso que o Grupo de Louvor esteja totalmente unido e Espírito e amor,
que estejam entrosados, ligados e concentrados no mover do Espírito Santo.
Uma vez eu estava com o grupo de Louvor
ensaiando na Igreja. Então apareceu uma mulher do lado de fora, ela começava a
ouvir os cânticos e aos poucos foi se aproximando ao ponto de ficar
olhando atrás da janela de vidro na porta. A Igreja estava aberta,
mas essa porta que dava entrada ao Templo estava fechada. Na mesma hora
pedi para que meu irmão mais novo abrisse a porta. Continuamos ensaiando,
eram poucas pessoas naquela hora, somente eu, o Tecladista e meu irmão. O
Grupo ainda não tinha chegado. Enquanto tocávamos ali e buscávamos a
presença de Deus no Louvor, pude notar que naquela mulher havia
algo movendo seu coração. Ela chegava mais perto, mudava de cadeira, fechava os
olhos e se ajoelhava. Quando comecei a orar louvando ao Senhor, percebi
que havia uma força contrária tentando impedir ela de se libertar na
presença de Deus. Enquanto o tecladista tocava, pedi a ele que a
partir daquele momento pudesse tocar de todo o seu ser, com unção,
determinação e fé, pois teríamos uma luta espiritual pela frente. Comecei a
falar para aquela irmã que Jesus havia lhe trazido ali para poder operar
em sua vida. Ela concordou, disse que estava de passagem por ali, e
que ouvindo o som das musicas (mesmo sendo de origem hispânica) ela podia
entender o significado das musicas e uma paz via sobre ela. Ela afirmou
ter sentido algo dentro dela que a levou até ali. Enquanto o
tecladista tocava numa unção tremenda e eu ali sentindo a presença de Deus
cantando, pedi que ela viesse até a frente para receber uma oração. Fiz o apelo
e ela aceitou Jesus, na oração de confissão perceber que haviam espíritos
malignos dentro dela que a impediam de confessar. Foi quando dei dois
passos para trás, e comecei a louvar ao Senhor em cânticos espirituais
espontâneos. Imediatamente aquela pessoa caiu endemoniada e começava a se
rastejar pelo chão como uma cobra que teve sua cabeça pisada e destruída.
Impus as minhas mãos sobre ela e expulsei toda as trevas no nome de
Jesus. Isto é uma prova real que o louvor é uma arma de libertação, de
milagres, de renovação e restauração de vidas. É preciso ver de verdade o
louvor operar e nem sempre o mover está nas canções em si, na
melodia, no coral de vozes nem no som dos instrumentos, mas o mover
de Deus no louvor se percebe, se vê, que é nos momentos de ministração
espiritual e musical dos cânticos que acontecem coisas tremendas.
Cante várias vezes o refrão daquela musica de
adoração que a congregação tanto gosta. Cada vez mais suave, 1, 2 ,
3, 4 vezes, sem pressa, peça ao povo que comece a orar em voz alta, que
comece a agradecer, que o vocal do grupo comece a glorificar ao Senhor, comece
a cantar cânticos novos e deixar que o louvor a Deus contagie toda a
congregação.
23
- LIDERANÇA
É fundamental que exista um líder a
frente de um grupo de Louvor. Este tem que acima de tudo ter um
Espírito de humildade, de união e de adorador.
Geralmente quem assume esta posição é o
Ministro(a) de Louvor. É aquela pessoa que ministra os cânticos, que canta e se
comunica com a congregação durante o período de louvor. Muitas pessoas acham
que esta pessoa tem que ter um curso superior, que tem que ter diploma e
participado de Seminários Teológicos e de Música. Eu penso assim também, mas
acho que isso não deve ser determinado, obrigatório e exigido. O Ministro
de Louvor tem que Ter em primeiro lugar o dom, o chamado para ser
Ministro de Louvor, muitas vezes essa pessoa nem mesmo sabe
tocar um teclado, guitarra, não sabe ler partitura e cifras. Ela sabe
sim, cantar com júbilo e adoração, gosta de Louvor, de música
gospel e alem de tudo tem o dom de se comunicar bem e compor cânticos.
A verdadeira escola está na prática, no
aperfeiçoamento, do treinamento específico e na força de vontade e
determinação que vem do Espírito Santo.
Ser líder é saber manter
todo o grupo em união, em júbilo. É saber dividir as responsabilidades
com as pessoas certas. É manter a organização em geral, a decência, é
saber ouvir e reconhecer que estamos tratando de seres humanos, portadores de
opiniões e sentimentos. Um grupo de Louvor tem que ter reuniões
frequentes. Pelo menos uma vez por mês reserve um tempo para que todo o grupo
possa se reunir, e após uma oração feita por cada um, de mãos
dadas, cada membro possa dizer aquilo que está achando de positivo
no grupo e também aquilo que se pode melhorar. É uma reunião
para buscar novas metas, para melhorar a performance do grupo e não
uma reunião de críticas.
Sempre olhando para frente,
para Jesus, o autor e consumador da nossa fé. O Líder tem que sempre anotar os
pontos principais da reunião para apresentar ao grupo, tem que estar sempre
buscando alcançar novos degraus. Renovar o repertório dos cânticos,
cuidar para que tudo ocorra bem, orar para que Deus envie os músicos que
ainda faltam, que envie também pessoas capacitadas para a obra do
louvor no vocal e instrumentos.
Há sempre espaço para
mais um no grupo de Louvor, a não ser que seu grupo já tenha uma
orquestra toda formada, é claro. No entanto não se pode ter mais que dois
tecladistas, pianistas e um baixista tocando ao mesmo tempo.
Se houver muitos músicos em sua
Igreja, é válido a opção do Líder de selecionar novos grupos, e
permitir que estes apresentem também frequentemente, caso se observa uma boa e
positiva atuação.
O Líder do Grupo tem que ter a
visão do Louvor, tem que manter todo o relacionamento do grupo em si, do grupo
para com seu Pastor, e do grupo para com a Igreja em perfeita harmonia. O
Louvor é realmente muito visado pelo povo e também pelo Inimigo. Dizem que
depois do Pastor Presidente da Igreja, o inimigo tem mais ódio e perseguição
pelo líder do grupo de Louvor. Esses são seus dois alvos principais.
Ser líder é não somente saber
liderar e se comunicar bem, é ter um chamado, uma determinação: Ser um vaso de
honra nas mãos do Senhor. É uma benção de Deus ser o Ministro(a) de Louvor na congregação.
É um cargo visível, que está no campo em que todos gostam: Cânticos de Louvor e
Adoração.
É muito bom mesmo estar no
púlpito, ser um verdadeiro Sacerdote, um ministrador de bênçãos no louvor, ver
a Igreja louvando, pessoas glorificando, chorando e sendo restauradas. É
muito bom mesmo saber que se tem o controle do grupo, das decisões, do fluxo
musical nos louvores. O Líder tem a condição de implantar seu próprio estilo, gosto
e visão. É uma benção de Deus, mas por outro lado, a palavra de Deus diz:
“A quem muito é dado, muito se lhe será cobrado”
Qualquer erro, falha, pecado e
desobediência de um Líder de Louvor, pode manchar toda a credibilidade do
Ministério em Geral.
Existe um preço a pagar. O
Preço da olaria de Deus. Peça ao Senhor o dom da sabedoria, o da humildade,
coloque-se nas mãos do Senhor e peça a ele que molde sua vida e caráter.
Confie sempre Nele. Saiba que
todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus e são
amados por ele. Seja um Líder de verdade, seja respeitado, reconhecido, e
sempre pergunte aos irmãos (as) o que eles mais gostam na performance de grupo,
peça ajuda ao seu Pastor, e reconheça o Senhor em todas as suas atitudes e
palavras colocando-o sempre em primeiro lugar.
Tome as decisões certas e
prudentes, sempre em acordo com o Pastor, e saiba separar amizade de
profissionalismo. Tem líderes que não sabem falar não, outros não sabem falar
sim.
Seja um que sabe harmonizar
tudo com a sensatez e prudência.
Reúna com o grupo e seja
sincero, aberto, educado, conte a eles as dificuldades, os planos, peça ajuda e
oração, e nos momentos de mais luta e tribulação convoque um jejum geral
de todos os participantes do grupo. Ore sempre de mãos dadas e dê a
oportunidade aos membros de orarem e pedirem as bênçãos de
Deus. Olhe nos olhos. Ouça muito e fale pouco.
Todos os seus passos, palavras
e atitudes estão sendo vigiados, anotados. E que para Glorificar o nome de
Jesus na sua vida, seja um líder cheio do poder de Deus, da ousadia e
intrepidez na palavra. Tenha uma vida diária de oração e comunhão
com Jesus e verá que seu desempenho como Ministro de Louvor, Servo de Deus e
irmão em Cristo vai ganhar novos rumos.
Deus te escolheu, Jesus te ama
e conta com você e o Espírito Santo te capacita mesmo.
24 - FORMANDO
UMA EQUIPE
Formar uma equipe de
Louvor é o mesmo que formar um Ministério de obreiros dentro da Igreja, o mesmo
deve ser tratado e encarado como algo de extrema importância. É de fundamental
necessidade, antes de escolher as pessoas para compor um grupo de louvor, o
líder ou Ministro de Louvor junto com o Pastor da Igreja, jejuar e orar
fortemente para que a escolha não seja precipitada, pessoal ou fora da vontade
de Deus. Todo cuidado é pouco, pois uma escolha errada sempre traz grandes
e perigosos problemas no futuro, não somente para o desempenho do grupo de
louvor mas também para todo o crescimento da obra local, e saúde espiritual do
corpo de Cristo. É preciso ter a sensibilidade, discernimento e técnica
necessária para estar em primeiro lugar escolhendo pessoas que tem o chamado
para o Louvor, isto é, Levitas consagrados e chamados pelo Senhor. Muitas vezes
por a Igreja estar iniciando, Pastores ou lideres de Louvor chamam qualquer
pessoa que aparece na Igreja que demonstra gostar de louvar, tocar ou
cantar. Muitas vezes aparecem irmãos(as) que sabem tocar ou cantar muito
bem , e pelo empolgamento colocam na frente da batalha sem orar, averiguar e
descobrir como anda a vida espiritual dos mesmos.
Todo o obreiro deve
primeiramente ser testado, para depois ser consagrado e chamado para a obra, e
isto sempre deve ser feito também na escolha dos componentes do grupo de
Louvor.
Existem milhares de grupos de
louvor que erraram nesta formação inicial e hoje passam tremendas lutas e
provações porque colocaram pessoas sem o chamado para o Louvor, e
agora estes estão sendo como que pedra de tropeço.
O Louvor nunca crescerá dessa
maneira, o desempenho sempre ficará estagnado, a obra do Senhor terá
dificuldades, e principalmente o mover de Deus nunca fluirá durante o Louvor da
maneira que Deus quer, tudo isso por uma mal escolha.
Deus desde os primórdios Deus
separou um povo exclusivo para louvar- Os Levitas, (Nm 1:50 . Nm 3:6
e 7 .I Cr 23:30) e hoje não é diferente. É realmente algo muito delicado
a formação de uma equipe de Louvor. É algo que antes de mais nada é preciso
muita oração e revelação de Deus. A maneira certa para a escolha vem de joelhos
dobrados, vem de lágrimas sinceras derramadas nas madrugadas e até mesmo de
auxilio de profissionais nesta área. Uma escolha errada mata espiritualmente
não somente a performance do grupo, mas principalmente a pessoa que não tem
chamado para o Louvor.
Leia Números 1:51 e verá que
Deus disse e determinou: “O estranho que se aproximar morrerá”.
Que coisa séria, e que muitas
vezes é tratada de qualquer maneira por muitos lideres. Sabedores também que
Deus não chama apenas os capacitados , mas que capacita os chamados por ele,
temos que analisar o caráter do escolhido(a) para o Louvor.
Se este irmão(a) tem uma personalidade
que permite liderar, se este tem espirito de submissão, se sabe ouvir, se
sabe mesmo contra sua vontade seguir o conselho e acatar com a decisão do
Pastor ou Líder. Saiba que é preciso ser em primeiro lugar servo de Deus e do
corpo de Cristo para fazer parte de qualquer cargo ministerial na Igreja, pois
os que não tem chamando geralmente nunca concordam com as decisões dos lideres,
tem caráter difícil, e não demonstram os frutos do Espirito que é necessário
para trabalhar na seara do Senhor. E o pior é que quando se coloca tal pessoa
no grupo de Louvor, para depois tirá-la do grupo é muito difícil, pois o
mesmo(a) poderia até mesmo por rebelião sair da Igreja e se afastar dos
caminhos do Senhor. Que perigo!!! Que situação!!! O que fazer? Em primeiro
lugar como disse orar muito antes de tomar qualquer decisão. Para cantar ou
tocar num grupo de Louvor é preciso ter chamado e não qualidade vocal e
instrumental.
Pois Deus vai capacitando os
chamados a cada dia. É preciso também treinar, tomar aulas e se aperfeiçoar,
pois sem isso, mesmo o que é chamado nunca irá muito longe em seu ministério de
Louvor. O Cantor(a) tem que pegar aulas de canto, o instrumentista aula
com professores ungidos para que cada um cresça em sua área. Pois Deus tem seus
professores que são usados exatamente para este propósito: o de ensinar,
aprimorar e aperfeiçoar os chamados de Deus. Essa história que os Levitas já
nascem sabendo é errônea, pois embora sejam escolhidos desde o ventre, isso não
quer dizer que não precisam de auxilio, técnica e aulas de ensino. Saiba que os
escolhidos aprendem fácil e os que não são levitas demoram muito para
apreender, quando estes chegam e conseguem aprender algo.
Lembro-me de quando meu Pastor
me chamou para liderar o louvor que estava iniciando em nossa Igreja. Que
coragem!!!
Eu era desafinado, achava que
não sabia cantar ( e até hoje reconheço que preciso aprender muito mesmo) e
mesmo assim ele acreditou em min, dando o voto de confiança e cobrindo minha
vida de orações. Quando olho para trás vejo que o Pastor Maciel Figueiredo teve
antes de mais nada muita ousadia por esta escolha. Mas por ser um servo de
Deus, este Pastor me escolheu por ter sentido de Deus uma vocação em min para
esta obra. Eu era como Davi, que mesmo pelo seu pai era desprezado e ninguém
reconhecia seu valor. Na escolha para o Rei de Israel , Davi foi o último a ser
apresentado ao Profeta Samuel. Nem mesmo o próprio Pai de Davi acreditava que
ele teria o valor necessário para ser Rei. Mas Davi era o escolhido.
Muitas vezes os escolhidos
estão nos bancos das Igrejas, e os que não tem o chamado para o Louvor estão na
frente da batalha, enfraquecendo o corpo de Cristo e atrapalhando o mover do
Espirito Santo durante o Louvor. Que realidade triste!!!
Formar uma equipe de louvor é
uma benção de Deus quando acertamos na escolha. Pois a Igreja notará o
crescimento do mesmo e sentirá que o Espírito Santo de Deus está
capacitando cada um, e que o entrosamento está chegando, que a união é visível
e real, que as vozes do coral estão se encaixando e a harmonia musical é
notável e sensível. Isto é prova de escolha certa. A Igreja sempre será o
termômetro que medirá a o fluxo espiritual no Louvor. Se a Igreja louva de
coração, em Espirito e em verdade, se a Igreja chora no poder de Deus, se
almas são libertas no poder do Louvor, se acontecem salvação de vidas nos
cultos, saiba , o grupo de Louvor de sua Igreja está no caminho certo.
Aleluias!!! Que maravilha é tal grupo de Louvor.
Este é o papel de um grupo
ungido: restaurar vidas, libertar os cativos, salvar os perdidos, e
preparar os corações, almas e Espíritos dos membros para ouvir a Palavra de
Deus
25 - COMO
COMPOR CÂNTICOS AO SENHOR
“Cantai ao Senhor um
cântico novo, Cantai ao Senhor porque é Digno de Louvor” (Salmos 96:1 e 4 )
Comece lendo o livro de Salmos, naqueles
momentos seus de mais comunhão e intimidade com o Senhor, e ao escutar uma
música cristã instrumental tocando suavemente no fundo tente fechar os seus
olhos e comece orando ao Senhor em forma de cânticos, solte-se na presença do
Espírito Santo e deixe Ele colocar em seus lábios cânticos novos, que Ele possa
tomar todo o seu ser, e levar-te a adorá-Lo de uma maneira maravilhosa,
sincera, ao ponto de haver uma comunicação entre você e Deus e vice-versa. Abra
mesmo seu coração e cante ao Senhor o que de mais profundo existe dentro de
você.
Pois quando nos entregamos e temos comunhão
com o Senhor, sabemos que naquele momento podemos realizar grandes coisas, e
uma delas, é compor cânticos novos, assim como Ele próprio nos pede: “Cantai um
cântico novo”
Só não esqueça de gravar antes qualquer
experiência como esta, pois você certamente vai querer lembrar de como cantou
aquela música, você até dirá:
Puxa, e ficou tão bonito, não acredito que foi
eu que fiz isto!
26
- DIRETRIZES
É impressionante como se vê hoje no
mercado, CD. s com músicas boas, alguns que não saem das prateleiras, dos
planos, sonhos e outros que estão fazendo tanto sucesso e atraindo tantas
produtoras de peso, pois agradam a grande maioria do povo de Deus espalhado
pelas Igrejas.
Porque isso?
Por que existem os compositores(as) que antes
de compor suas músicas e CD. s traçam suas diretrizes. Qual a linguagem que
adotará, qual público principal, qual seu próprio perfil, quais os temas a
serem usados nas canções e CD, e etc… Aqueles que descobrem qual vocação
certa possuem dentro de um estilo musical, são os que estão e sempre estarão em
mais evidência no mercado. Pois criar e compor é algo que deve sair de dentro
de você naturalmente. Nunca de uma maneira forçada e precipitada. Quando você
se posiciona de dentro para fora, quando descobre um universo lindo, cheio de
razões para adorar, agradecer e engrandecer o Senhor na sua própria vida, você
então terá condições de realizar grandes coisas nas mãos do Senhor. E se existe
em você a vontade e certeza de um chamado para Louvor: Acredite mesmo, lute,
busque o estudo e a técnica adequada, coloque sempre o Senhor em primeiro
lugar, e Ele te usará para Honra e Glória do Seu Nome. Deus está procurando por
verdadeiros adoradores.
Seja um deles. Adore ao Senhor, compondo
cânticos de Louvor e Adoração. Se você é essa pessoa, que guarda dentro de si o
interesse, motivo, prazer e determinação para ser usado pelo Senhor no Louvor
& Prepare-se:
O Senhor já está trabalhando na sua vida neste
aspecto. É por isso que você está iniciando a leitura deste simples livro de
louvor com tanta alegria e vontade de descobrir mais e mais, de aprender mais e
mais, de aos poucos amadurecer a idéia de participar do Grupo de Louvor da sua
Igreja, ( se ainda não está participando) de crescer na Graça e conhecimento de
Deus, de compor, de criar, e de mostrar aos povos o fruto do seu trabalho, que
é Louvar, Cantar, anunciar o amor, a salvação e bondade do Senhor Jesus.
Se você é esta pessoa, saiba que o Senhor tem
o poder e misericórdia para te usar como instrumento de Louvor. Prepare-se,
faça seus planos, comece a sonhar, buscar e traçar suas metas. Quem sabe em
breve já estará apto(a) para gravar seu próprio Cd, e ser uma benção nas mãos
do Senhor !
Descubra já qual o estilo musical de louvor
mais combina com você. Qual o mais adequado ao seu perfil, qual estilo a
adotar. Comece agora a traçar suas diretrizes, quanto antes melhor, assim terá
mais tempo para amadurecer sua linguagem e estilo musical.
27
- ESTILO MUSICAL DE LOUVOR
(A)Se tens mais jeito e desejo
de compor cânticos congregacionais, visto ter uma boa comunicação em frente ao
público, desejo e vocação de se expressar e trabalhar em grupo e
principalmente, tendo a certeza e conhecimento de que é o que você aprecia e
ainda acompanhar o trabalho de quem tem se destacado no mercado, siga o caminho
certo nesta área e estilo, de pessoas como: Daniel Souza, Asaph Borba, Pr.
Bené Gomes, Alda Célia, Comunidade Evangélica Zona Sul, Pr.
Claudio Claro e muitos outros; (B)Se sua linguagem é mais pessoal, e
gostaria mais de expressar em cânticos suas próprias experiências ou visão e
modo de pensar, e se acha que poderia cantar solo, siga uma carreira solo com
os temas que mais tocam o seu coração. Neste caso nem sempre é necessário a
presença de um grupo de louvor para lhe auxiliar nas apresentações, basta
gravar um Playback, e você terá condições de expor seu trabalho de uma maneira
certa, usando as diretrizes corretas e linguagem adequada. Ouça cantores(as) e
compositores(as) que vem adquirindo sucesso no mercado como:
Aline Barros, Luiz de Carvalho,
Cassiane, Carlinho Félix, Léa Mendonça, Marina de Oliveira, Rose
Nascimento, Fernanda Brum, Ludmila Feber Sergio Lopes, Mara Maravilha,
Nelson Ned e muitos outros; (C) Talvez seu estilo seja canções com ritmos
atuais, novos ou modernos, quem sabe poderá formar uma banda e até iniciar um
estilo novo de música.
Ore ao Senhor e Ele poderá usar
você para formar uma banda ideal, de acordo com os planos do teu coração, uma
banda e equipe que trabalhe em conjunto e em prol de uma meta, diretriz, estilo
e linguagem. Escute e aprecie bandas como: Kadoshi, Oficina G3, Catedral, Banda
e voz, Projeto Vida Nova de Irajá e outros.
Seja qual for seu estilo, o
mais importante é ser confiante, estudar, aperfeiçoar, buscar, ter forte
desejo, sentir vocação própria, e ter força de vontade no Senhor para ser usado
no campo da área Gospel. Leia todos livros que puder sobre Louvor e Adoração,
faça aula e cursos vocal, ou peça ao Senhor que mostre qual instrumento você
poderá aprender a tocar, se é teclado, guitarra, baixo, bateria, sax,
percussão.
Saiba que o Senhor Jesus é
poderoso para realizar coisas tremendas na sua vida, e que o Espírito Santo lhe
guiará pelas veredas maravilhosas e estará contigo todos os dias, lhe ensinado
tudo aquilo que precisa, pois nosso Senhor Jesus não apenas chama os
capacitados, mas principalmente, capacita todos aquele que são chamados por
ele. (continua) TALENTO, CARISMA, DOM, TÉCNICA E OUTROS PONTOS.
28 - A
IMPORTÂNCIA DA TÉCNICA PARA O LEVITA
Mas, o que é técnica, prá
que serve, em que ela pode contribuir para a nossa vida. É o
que nós vamos ver agora.
1. O
Que É Técnica?
Segundo o dicionário
técnica é o lado material de uma arte ou ciência. É a prática, norma, é a
especialização. Em suma, técnica é o estudo de determinada matéria. Um
exemplo prático no Louvor são os músicos: eles estudam seus instrumentos em um
determinado período para poder exercer suas funções dentro do Ministério de
Música. Quanto mais conhecimento tiverem, melhor será o nível do Grupo de
Louvor.
2. Para
Que Serve?
Ela nos serve para aprimorarmos os
conhecimentos de determinado assunto. É através dela que desenvolvemos a
prática.
3.
Como Ter Acesso?
Através de escolas especializadas. Em
qualquer área que você queira atuar, terá uma pessoa ou um grupo especializado
para poder ensiná-lo. Esses mestres também já passaram por isso e continuam
sempre se aprimorando para poder dar o melhor nas suas profissões, sejam elas
dentro ou fora do Ministério.
4.
Em Que Ela Contribui Na Nossa Vida?
Todo trabalho de ensino exige da pessoa
dedicação. Essa dedicação só é exercida através da disciplina. A disciplina é
acima de tudo o respeito que nós temos pelos nossos mestres. A disciplina gera
na pessoa humildade e também submissão que é importante para podermos crescer
dentro de qualquer área. Para o cristão e acima de tudo o Levita a submissão e
a humildade em reconhecermos a liderança do Ministério, dos Pastores na Igreja
faz com que o Espírito Santo possa atuar forma mais intensa através de seus
membros dando-lhes profecias, curas, libertação e muito mais. A unção do
Espírito pode aparecer mais claramente dentro da Igreja.
Lembremos que vários profetas no Antigo
Testamento também obtiveram êxito no seu Ministério através de uma preparação
específica, ou seja, trabalharam para que Deus pudesse usá-los para fazer seus
grandes feitos entre o seu povo. Até Jesus Cristo, na sua infância, foi
preparado para iniciar sua vida pública e este é o maior exemplo de disciplina
e humildade que podemos ter.
Portanto irmãos, basta seguirmos o caminho que
Ele nos deixou e termos fé que o Espírito Santo agirá através de cada um para
que a obra do Senhor não pare por falta de pessoas. Jesus Cristo começou sua
vida pública aos 30 anos e passou 40 dias no deserto sendo tentado por Satanás
antes de morrer e ressuscitar. Moisés passou 40 anos no deserto se preparando
para a grande obra que Deus faria através dele: libertar seu povo do Egito.
A nós só cabe perseverarmos na nossa
preparação até o momento que Deus lhe pergunte: “Você está pronto prá Batalha?”
e nós possamos dizer: “Sim Mestre, eis-me aqui”. Mas para isso devemos ser
disciplinados, quebrados e deixarmos Deus trabalhar nas nossas vidas.
Lembre-se: Deus dará todas as oportunidades para que você cresça em Espírito e
também no conhecimento dos talentos que Ele te deu quando nasceu e a nós
cabe-nos não desperdiçá-las alegando falta de tempo ou cansaço.
Asaph Borba nos coloca que Deus chama a todos
para a sua obra. Poucos são escolhidos porque não dedicam seu tempo para o
propósito de Deus na sua vida.
Seja um escolhido de Deus. Empenhe-se nos
estudos. Deixe o Espírito Santo trabalhar na sua vida e que Deus o abençoe no
seu Ministério…
Nas Igrejas, normalmente os levitas dedicavam
seu louvor e adoração ao Senhor sempre pensando que unção do Espírito Santo por
si só já era o suficiente. Ledo engano. A Unção realmente é necessária para que
o Espírito Santo se manifeste em nós através do Louvor e Adoração a Deus.
Mas, será que a nossa dedicação ao Ministério
também não conta!? Será que o nosso esforço de melhorar cada vez mais através
do estudo da Palavra, ao que conta no crescimento espiritual, como também o
estudo técnico para um melhor conhecimento e domínio daquilo que temos em
nossas mãos não conta para darmos o melhor de nós a Deus!?
Diante de tal pergunta, quero mostrar um pouco
da necessidade de estudarmos os padrões técnicos no Ministério de Louvor e
Adoração.
29
- QUALIDADE TÉNICA DO LOUVOR É IMPORTANTE:
Você já imaginou cantar músicas
de Louvor e Adoração sem ter feito um ensaio prévio, sem ter sido preparado uma
harmonia, sempre tocando aquele “feijão com arroz” como determinados Ministérios
de Música em algumas igrejas fazem? Será que Deus se agrada disso?
Todos nós que somos chamados
pelo Senhor a algum Ministério, devemos ter em mente 3 coisas importantes:
1.
Deus nos chamou e devemos dedicar tempo ao Ministério a que
fomos chamados: nesse tempo, além de orarmos para pedirmos que Deus nos dirija
através do Espírito Santo, devemos também dedicarmos tempo para o estudo. Nesse
período devemos ter acima de tudo disciplina que é a essência do aprendizado
para depois termos Decisão naquilo que faremos durante o Louvor.
1.
Devemos nos dedicar cada vez mais através de treinamento para
podermos levar ao Senhor o melhor que podemos dar através daquilo que cantamos
ou tocamos. Os ensaios também são muito importante: devemos ensaias
exaustivamente até termos a música exatamente como ela é…
3. Deus exige que tenhamos
habilidade ou seja, toquemos bem o instrumento: em Sm 16.17-18 vimos que o
Rei Saul pede que tragam diante dele um “homem que toque bem” para afastar
um espírito maligno que o possuía. Esse “homem” era Davi. Podermos ver que Deus
só se agrada daqueles que aprimoram suas habilidades para levar diante do
Senhor tudo o que temos. Os talentos são dados por Deus quando nascemos, não
para que o enterremos, mas para que o façamos crescer em nós para depois dá-los
ao Senhor com juros. E o Senhor se agradará de nós.. O Sl 33,3 nos diz:
“Cantai-lhe um cântico novo, tocai bem e com júbilo”.
30 - A
TÉCNICA NOS LEVA A SERMOS MESTRES:
Vemos no livro de
Crônicas que os levitas representavam os músicos (I Cr 15.22; 16.4-5 e que eram
escolhidos por Deus pela sua habilidade (I Cr 15.16-19) e consagrados, isto é,
viviam exclusivamente para levar o povo de Deus em adoração. Isto nos leva a
termos consciência do nosso chamado como verdadeiros adoradores, sermos cheios
do Espírito Santo e sermos comprometidos com a Igreja local e a sua missão.
Todo este comprometimento com a obra nos leva a sermos mestres, ou seja, que
tudo aquilo que aprendemos devemos passar aos futuros Ministros. Por fim,
levantamos discípulos para que a obra do Senhor não pare na Igreja devido à
nossa falta de conhecimento ou por sermos relapso com o Ministério. O Senhor
mesmo disse “levantai discípulos”. Mas para isso devemos ter total consagração
ao Ministério e ao Senhor. Lembre-se: quando levantamos discípulos traremos
unção dobrada à Igreja.
Isto é um pouco daquilo que
quero passar aos Levitas de outras Igrejas. Benê Gomes outro dia disse que a
técnica é como um copo d’água e a unção a água. Bem, se o copo for pequeno, a
unção será pouca. Mas se o copo for maior, a unção também será cada vez maior e
maior. Quanto maior for o copo, mais cheia da unção ele ficará.
Por isso irmão, lembre-se: Deus
usará você com aquilo que você tem. Se você não procurar aumentar o que você
tem, de nada adiantará. Você será substituído por outro que esteja melhor
preparado. Mas, o Senhor é fiel àquele que se dedica à sua obra. Por isso, seja
um levita legítimo e seja substituído não pelo seu relapso, mas sim por ter
levantado discípulos com unção dobrada dentro da Igreja a que congrega e o seu
galardão no céu será grandioso na presença do Senhor.
“Louvai ao Senhor ao som
da trombeta, com o saltério e a harpa. Louvai ao Senhor com o adufe e a
flauta, com instrumentos de cordas, com síbalos sonoros e vibrantes. Todo ser
que respira, louve ao Senhor.” Sl 150.3-6
31 - LOUVORES IMPRÓPRIOS NA IGREJA
A
Diferença Entre Louvor e Adoração
Seria
Errado Cantar Certos Tipos de “Louvor” Na Igreja?
Temos a tendência de associar
os verbos louvar e cantar. Entretanto devemos ter em mente que estas duas
palavras não são sinônimas, ou seja, louvar pode ser diferente de cantar. Isto
também ocorre entre os verbos louvar e adorar. Apesar de os associarmos, louvar
pode ser diferente de adorar. E diante disso, precisamos responder às seguintes
perguntas:
·
“Que diferença a Bíblia faz entre louvor e adoração?
·
Louvor e adoração não são a mesma coisa?
·
Se não posso cantar determinada música na igreja, então aquela
música é pecaminosa?
·
Existe alguma música de louvor a Deus que não seja apropriada
para a casa de Deus?”.
Na
Língua Portuguesa
O Que é
Louvor
A palavra louvor significa “ato
de louvar, aplauso, elogio, encômio. Apologia de uma obra meritória”. Tem como
antônimo “censura e crítica”. Sendo assim o louvor pode ser dirigido a pessoas,
instituições, ideologias, objetos, lugares, animais, e outras coisas, através de
elogios, aplausos, cânticos, falas poéticas, apologéticas, informais, etc. Por
exemplo, quando cantamos o Hino Nacional Brasileiro, estamos louvando o Brasil.
Portanto louvar significa
“admirar, falar bem, elogiar, engrandecer”. Diariamente, estamos louvando
muitas coisas ao nosso redor. Quando louvamos a Deus, estamos admirando os
atributos do Seu caráter: fidelidade, bondade, amor, longanimidade, retidão,
justiça, misericórdia, etc. Usamos as expressões dos nossos anseios para fazer
isto. Qualquer um pode fazer isto. A natureza, por exemplo, também pode louvar
a Deus (Salmos 19:1). Louvor é algo que qualquer um pode dar a qualquer coisa
ou pessoa (Salmos 9:11;33:2;67:3;42:12).
O Que é
Adoração
O
vocábulo adoração deriva da palavra em latim adorare, que etimologicamente
vem a ser “falar com”. O dicionário define seu significado como “ato de adorar;
culto a Deus; amor profundo”. É render culto a Deus, coisas ou pessoas
considerados como sendo santos. É prostrar-se diante de algo em “sinal de
reconhecimento, rezar, idolatrar, amar apaixonadamente”.
O
Sentido Destas Palavras na Bíblia
Adoração
Há duas palavras no Antigo
Testamento significando adoração:
a. Uma delas, em certos
lugares, tem o sentido de fazer ‘reverência’, ‘inclinar-se’ (Daniel 2:46; 3:5);
b.A outra, usa-se a respeito do
culto prestado ao Senhor e a outros deuses ou objetos de reverência religiosa
(Gênesis 24:26, 48; Êxodo 34:14; Deuteronômio 4:19)
A
palavra traduzida mais frequentemente para adorar é o vocábulo hebreu shachah, que aparece mais de
170 vezes na Bíblia hebréia com o significado de “adorar, prostrar-se,
inclinar-se” (Êxodo 34:8; Salmos 66:4; 95:6; Zacarias 14:16). A outra palavra é abhôdhâ, que significa servir
com temor reverente, admiração e respeito.
No Novo
Testamento, a palavra principal para adoração deriva da palavra grega proskyneo. “Pros” significando
“até” e “kuneõ” “beijar”; ou seja, beijar a mão de alguém, como sinal de
consideração, fazendo-se uma inclinação respeitosa. Proskyneo é usada quase 60 vezes com o sentido de fazer
reverência, prestar obediência, adorar a Deus, reverenciar a Jesus Cristo,
idolatrar (Mateus 4;10; Marcos 5:6; Atos 7.43 – cf. Apocalipse 9:20; 14:9;
22:8). Há ainda a palavra grega latreia, que
origina palavras como idolatria.
M. Giovani Bianchini, menciona
que, de acordo com a Bíblia, a adoração está associada à idéia de culto,
reverência, veneração por aquilo que Deus é (Santo, Justo, Amoroso, Soberano,
Misericordioso, etc… Salmos 96:9; Apocalipse 4:8-11; Apocalipse 7:11-12;
Apocalipse 11:16-17). Ou seja, independentemente do que Deus faz, fez ou fará,
nós devemos adorá-Lo, pois, Ele é Deus. Todos nós sabemos que somente a Deus se
deve adorar. Somente Ele é digno de adoração. A adoração que não é dirigida a
Deus é idolatria. A Bíblia a condena (Lucas 4:8; Deuteronômio 11:16; Êxodo
20:4; Levítico 26:1; Isaías 42:8). Deus é incisivo em reivindicar adoração
somente a Si.
Louvor
As
palavras no Antigo Testamento para louvor vêm do hebraico hãlal, que significa fazer
ruído,yãdhâ, que está associada às ações e gestos corporais que
acompanham o louvor e, zãmar, que é
associada à música tocada e cantada.
No Novo
Testamento, temos como origem a palavra grega eucharistein, que
significa agradecer e a palavra eulogein, que
significa bendizer.
O Uso
de Louvor na Bíblia
Analisando 245 passagens
bíblicas que contêm a raiz da palavra louvor (louv) e/ou seus derivados,
encontradas numa concordância de busca bíblica, de acordo com o sentido que são
empregadas, podemos agrupá-las da seguinte forma:
Louvor
a de Uma Pessoa Para Outra Pessoa – 12 passagens
Gênesis 49:8 – Judá,
teus irmãos te louvarão; a tua mão estará sobre a cerviz de teus inimigos; os
filhos de teu pai se inclinarão a ti.
Provérbios 27:21 – Como
o crisol prova a prata, e o forno, o ouro, assim, o homem é provado pelos
louvores que recebe.
Provérbios 12:8 –
Segundo o seu entendimento, será louvado o homem, mas o perverso de coração
será desprezado.
Provérbios 27:21 – Como
o crisol prova a prata, e o forno, o ouro, assim, o homem é provado pelos
louvores que recebe.
Provérbios 28:4 – Os
que desamparam a lei louvam o perverso, mas os que guardam a lei se indignam
contra ele.
Provérbios 31:30 –
Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa será
louvada.
Cânticos dos Cânticos 6:9 – Mas uma só é a minha pomba, a minha
imaculada, de sua mãe, a única, a predileta daquela que a deu à luz; viram-na
as donzelas e lhe chamaram ditosa; viram-na as rainhas e as concubinas e a
louvaram.
I Coríntios 11:2 – De
fato, eu vos louvo porque, em tudo, vos lembrais de mim e retendes as tradições
assim como vo-las entreguei.
I Pedro 2:14 quer às
autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como
para louvor dos que praticam o bem.
Louvor
às Ações de Uma Pessoa – 5 passagens
I Coríntios 11:17 –
Nisto, porém, que vos prescrevo, não vos louvo, porquanto vos ajuntais não para
melhor, e sim para pior.
I Coríntios 11:22 – Não
tendes, porventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus
e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? louvar-vos-ei? Nisto,
certamente, não vos louvo.
II Coríntios 8:18 – E,
com ele, enviamos o irmão cujo louvor no evangelho está espalhado por todas as
igrejas.
II Coríntios 9:3 –
Contudo, enviei os irmãos, para que o nosso louvor a vosso respeito, neste
particular, não se desminta, a fim de que, como venho dizendo, estivésseis
preparados,
Deus
Louvando Seu Povo – 4 passagens
Salmos 148:14 – Ele
exalta o poder do seu povo, o louvor de todos os seus santos, dos filhos de
Israel, povo que lhe é chegado. Aleluia!
Sofonias 3:20 –
Naquele tempo, eu vos farei voltar e vos recolherei; certamente, farei de vós
um nome e um louvor entre todos os povos da terra, quando eu vos mudar a sorte
diante dos vossos olhos, diz o SENHOR.
Romanos 2:29 – Porém
judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no
espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de
Deus.
I Coríntios 4:5 –
Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não
somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará
os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de
Deus.
Autoridade
Louvando o Povo – 1 passagem
Romanos 13:3 –
Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se
faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela,
Louvor
a Si Próprio – 2 passagens
II Coríntios 10:12 –
Porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a
si mesmos; mas eles, medindo-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos,
revelam insensatez.
II Coríntios 10:18 –
Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor
louva.
Reivindicação
de Louvor de Um Ser Humano – 1 passagem
II Coríntios 12:11 –
Tenho-me tornado insensato; a isto me constrangestes. Eu devia ter sido louvado
por vós; porquanto em nada fui inferior a esses tais apóstolos, ainda que nada
sou.
Louvor
a Coisas – 1 passagem
Filipenses 4:8 –
Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o
que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama,
se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso
pensamento.
Natureza
Louvando a Deus – 4 passagens
Salmos 65:13 – Os
campos se vestem de rebanhos, e os vales se cobrem de trigo; eles se regozijam
e cantam.
Isaías 44:23 –
Cantai alegres, vós, ó céus, porque o SENHOR o fez; exultai vós, as partes mais
baixas da terra; vós, montes, retumbai com júbilo; também vós, bosques, e todas
as suas árvores; porque o SENHOR remiu a Jacó, e glorificou-se em Israel.
Louvor
do ser humano a Deus – 215 passagens
Das 249 passagens analisadas,
215 referem-se ao louvor do ser humano a Deus. Por ser um número tão grande,
não estão transcritas aqui. Aqui estão apenas uns exemplos delas: Gênesis
29:35; Êxodo 15:2; Levítico 19:24; 22:29; Deuteronômio 8:10; 10:21; 26:19;
32:43; Josué 7:19; Juízes 16:24; II Samuel 22:4; 22:50; I Crônicas 16:4; 16:25;
16:35; 16:36; 16:41; 23:5; 23:30; 25:3; 29:10; etc.
Há ainda na bíblia citações de
verdadeiros louvores diretos que um ser dirige a outro onde não se encontra a
palavra louvor ou qualquer variação morfológica da mesma. O maior exemplo disto
é o livro de Cantares de Salomão. O livro é um composto de louvores trocados
mutuamente entre dois cônjuges em forma de cânticos, falas e ações.
32 - Lições que Tiramos do Uso que a
Bíblia faz das Palavra Louvor e Adoração
O louvor, se direcionado de
forma correta, pode ser dirigido de vários seres, para vários seres. O
pensamento de que, se estamos louvando outro ser que não é o nosso Deus,
estamos pecando, não coaduna com o uso que a Bíblia muitas vezes faz da palavra
louvor. Um ser humano pode louvar um animal, e ainda assim, continuar não
desonrando ao Senhor, uma vez que Este seja mais exaltado que aquele, no “trono
do coração”.
Nosso principal louvor deve ser
dirigido a Deus. Note que, das 245 palavras (ou variações) “louvor” analisadas,
215 vezes o louvor referido era dirigido do humano ao divino. Como Senhor do
nosso viver, Ele deve receber o nosso mais alto e prioritário louvor.
O nosso
louvor a Deus pode acontecer de forma indireta. Ao afirmar que se pode louvar
outros seres diferentes de Deus, mas que o mais alto louvor deve ser para Ele,
parece ser levantada uma contradição. Mas ao louvarmos diretamente a outros
seres, se Deus estiver sendo honrado, ele pode estar sendo indiretamente
louvado. Por exemplo: quando uma esposa declara uma poesia que elogia seu esposo,
ela está louvando-o, mas por esta ser uma ação que agrada a Deus, através dela,
Ele também está sendo louvado. Tudo que mostra, aponta, ou faz lembrar de Deus
como Supremo, verbalmente ou não, está louvando-O. A própria Bíblia é um louvor
a Deus, enquanto louva outras coisas, também. A natureza, sem cantar nem falar,
louva a Deus. Os céus
proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos (Salmos 19:1).
Levando
em consideração que o louvor pode existir nas formas direta e indireta, em tudo
o que fazemos, deve caber o louvor a Deus, ainda que indireto.Portanto, quer
comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de
Deus (I Coríntios 10:31).
Toda
música que uso, deve permitir que eu, direta ou indiretamente, louve a Deus.
Talvez a canção nem mencione o nome de Deus. Pode ser, por exemplo, o louvor a
um aniversariante. Analise:Parabéns pra você, nesta data querida, muitas
felicidades, muitos anos de vida. Este é
um louvor que fazemos a alguém que está completando anos. Ao fazê-lo, não
estamos desonrando a Deus. Ele também se alegra nisto. Esta é uma “outra coisa”
feita “para a glória de Deus”. Aí está uma canção que louva a Deus somente da
forma indireta.
Mas
lembre-se do sentido da palavra adoração:
prestar culto. Isto sim, se faz somente a Deus. Há músicas que, embora louvem a
Deus, não servem para a adoração a Deus, por serem louvores indiretos a Ele.
Logo, existem canções que, embora sadias, não são recomendáveis para serem
usadas na igreja. Talvez a música até mencione Deus, mas não é musica de culto.
São músicas que, embora O louvem, não O adoram.
Diante
de tanta diferença de gostos e formações culturais geradas pela transculturação
interna dentro da nossa sociedade brasileira, nossos músicos precisam ter uma
flexibilidade e bom senso muito grandes para produzir músicas que se adeqüem a
diferentes contextos de adoração. Como este leque é bem extenso, poderá ter
pontos incompatíveis; poderá haver músicas que sirvam para adoração em um
contexto, e em outro não. Fazer música é uma forma, na linguagem paulina, de
profetizar. Portanto, siga o conselho de Paulo em relação à profecias,
aplicando-os à musicalidade da sua comunidade cristã – “julgai todas as coisas, retende o que é
bom” (I Tessalonicenses 5:21) – ao selecionar as músicas
para serem usadas, analise o contexto e as pessoas que participarão,
executando-as e ouvindo-as. Se a música levar a maior parte das pessoas a
Jesus, num espírito de adoração e louvor, sem ruído de comunicação, ela é
adequada; caso contrário, deve ser substituída (mas tal substituição não quer
dizer que em outro contexto a música não seja adequada), a despeito dos gostos
particulares. Porque cabe também aos que lidam com a música na igreja, a terem
a humildade suficiente que um mensageiro de Deus precisa ter, de submeter a
escolha de cada
música para o contexto, não
segundo os seus caprichos, mas segundo o que melhor aprouver para a membresia
presente no tempo e local de cada contexto.
A
música na igreja deve louvar e adorar, pois a casa de Deus é lugar para
adorá-Lo. Também
os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração; os seus
holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha
casa será chamada casa de oração para todos os povos (Isaías 56:7). Ao
submetermos um cântico dentro do recinto sagrado, devemos analisar se ele serve
de instrumento de prestação de culto, de adoração. Se a música não puder
conduzir os adoradores à veneração ao sagrado, provavelmente não será
apropriada para uso nos Átrios do Senhor. Mas isto não quer dizer que, se a
música não serve para ser usada na igreja, então ela é pecaminosa.
Em toda adoração deve haver
louvor, mas nem sempre há adoração em todo louvor. A música na igreja deve ser
o preguinho na parede, que segura o quadro Jesus.
Pr.
Valdeci Junior